A Nitro, que atua em nutrição vegetal, insumos biológicos e especialidades químicas, fez uma joint venture com o pesquisador e biólogo Heraldo Negri, na Vivus, de bioinsumos, e prevê investir cerca de R$ 80 milhões nos próximos três anos nessa operação.

A transação é parte de uma série de aportes que a Nitro, controlada pelo grupo de investimentos Faro Capital, tem feito no ramo de bioinsumos. Na joint venture, o foco do portfólio de produtos serão os defensivos biológicos. O tamanho do valor ainda pode mudar, a depender da demanda operacional.

Em entrevista à Globo Rural, Pedro Torsone, diretor comercial da Nitro, informou que parte do montante será direcionada à ampliação de uma fábrica do braço agro da empresa, em Piracicaba (SP), onde funcionará a Vivus.

Nitro faz joint venture e avança em biodefensivo
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Com a joint venture, a Nitro quer ‘inflar’ sua estratégia que prevê um portfólio amplo de produtos para ter capilaridade de mercado, afirmou Torsone.

Segundo ele, na divisão de biológicos da Nitro, os biodefensivos representam a maior oportunidade de mercado, o que acelerou a joint venture com a Vivus.

A Nitro tem investido no segmento de biológicos desde 2019. Daquele ano até 2022, a área teve faturamento de R$ 200 milhões.

Em 2020, a companhia adquiriu uma participação na Gênica, empresa de biotecnologia. Um ano mais tarde, adquiriu a Biocontrol, reconhecida no mercado pela produção de fungos, lançando o primeiro biodefensivo do portfólio.

Neste mês, com a Vivus, que foi fundada em 2007 pelo biólogo Heraldo Negri, a Nitro completa quatro anos de aportes no segmento de biológicos.

Negri é o ‘pai’ da primeira formulação do biodefensivo à base de Telenomus podisi, nome em latim para um tipo de vespa que atua como inimigo natural de pragas e doenças de diversas lavouras, como a de soja e milho.

O pesquisador afirma ter investido cerca de R$ 3 milhões na criação da Vivus , e avalia que a união com Nitro dará à empresa robustez para ser a única a fabricar e comercializar o biodefensivo em larga escala.

No Brasil, a eficácia da vespa no combate a percevejos é comprovada desde a década de 1970, porém, só agora haverá volume necessário para dar escala comercial ao negócio, de acordo com Negri.

A estimativa da Vivus é atender 150 mil hectares com o biodefensivo à base de telenomus em 2023. Em cinco anos, o plano da empresa é chegar a cinco milhões de hectares tratados…. leia mais em Globo Rural 23/08/2023