Monarquias do Golfo ricas em petróleo têm fechado cada vez mais negócios internacionais por meio de empresas estatais, em vez de fundos soberanos da região, à medida que procuram diversificar suas economias e aumentar sua influência global.

Juntamente com bilhões de dólares de investimentos soberanos, estatais nos Emirados Árabes Unidos e na Arábia Saudita – muitas das quais também são apoiadas por fundos soberanos – estiveram presentes em pelo menos US$ 50 bilhões em acordos neste ano em diversos setores, como telecomunicações, energias renováveis e jogos.

Embora seja provável que a onda de investimento global de fundos soberanos continue, mais negócios estratégicos devem ser fechados por meio das maiores empresas da região, como a Masdar, produtora de energia limpa de Abu Dhabi, o Emirates Telecommunications Group e a Saudi Arabian Mining Co.

Nesta semana, a Pure Health – controlada pela ADQ de Abu Dhabi – comprou uma das maiores operadoras hospitalares independentes do Reino Unido, em um acordo de US$ 1,2 bilhão. A AviLease, uma companhia de leasing de jatos de propriedade do Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita, decidiu adquirir a divisão de financiamento para aviação do Standard Chartered por US$ 3,6 bilhões.

Novas potências do Golfo lideram onda de compras de US$ 50 bilhões

“Empresas no Médio Oriente, especialmente na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos, estão sendo empoderadas por seus investidores soberanos para buscar transações transformadoras”, disse Hamza Girach, codiretor do Citigroup para os segmentos bancário, de mercado de capitais e consultoria no Oriente e África. “Esta é a maior mudança que temos observado quando se trata de acordos no Oriente Médio, que é o surgimento destas empresas que buscam crescimento no exterior e desejam se expandir por meio de aquisições.”

Ao longo do último ano, muitos dos banqueiros globais recorreram aos fundos soberanos do Golfo – que controlam juntos pelo menos US$ 3 trilhões em ativos – para serem uma fonte líder de financiamento à medida que outros recuavam. Os acordos no Oriente Médio aumentaram 39% no ano passado, impulsionadas por fundos soberanos e empresas da região, de acordo com relatório da Bain & Co. O ganho se compara a… leia mais em Valor Econômico 01/09/2023