Depois de emplacar seus chocolates em mais de dois mil pontos de venda e três quiosques próprios em shoppings de alto padrão, a mineira Haoma abriu o apetite das gestoras Moriah e Baraúna. As duas casas estão injetando caixa, de valor não revelado, para ajudar na expansão geográfica da Haoma — inclusive no mercado internacional.

A transação avaliou a companhia em pouco mais de R$ 100 milhões. A Haoma foi assessorada pela XP Investimentos.

Criada há seis anos, a marca se encaixa no segmento de produtos naturais, com controle desde a produção de cacau e castanhas à fabricação própria — no início, a fábrica chegou a usar a pasta terceirizada, como é comum na indústria, mas decidiu seguir para o modelo verticalizado conhecido como ‘bean to bar’.

Os fundadores Thiago Amaral e Iana Macedo conheceram o conceito quando tocavam um empório de produtos naturais em Divinópolis, onde também ganharam experiência com o público consumidor – e o que os incitava a comprar. Por isso a Haoma já nasceu desenhada para ser apresentada a uma influenciadora, a também mineira Juju Norremose, conhecida pelo estilo de vida saudável. “A gente apresentou o chocolate para a Juju antes mesmo de ter para vender em loja”, conta Amaral.

O chocolate da Haoma fisgou a Moriah e a Baraúna

A estratégia deu certo e o que começou com parceria comercial virou sociedade, com Juju e o marido, Sérgio Bruno, virando acionistas da Haoma. “Os mercados vieram atrás do produto, e não a empresa atrás dos mercados, o que ajudou a marca já no início”, diz Bruno.

Os investidores também têm conexão com o mercado de alimentação saudável. Fundador da Moriah Asset, que só gere capital proprietário, Fabiano Zettel vem formando uma carteira de marcas em consumo e serviços, que incluem participação em companhias como no Empório Frutaria, Desinchá e Smoov. “Meus investimentos têm tudo a ver com meu estilo de vida. Meu pai morreu aos 43 anos, do terceiro infarto, fumante, quando eu tinha três anos, e isso me deixou determinado a ser saudável para meus filhos”, conta Zettel, hoje justamente com 43 anos e pai de um bebê de três semanas.

A companhia processa cerca de 100 toneladas por ano, o que lhe rendeu receita de R$ 30 milhões no ano passado e uma margem Ebitda que se mantém na faixa de 30% a 35%.

“Nossa projeção é um crescimento de três a cinco vezes em cinco anos, o que seria suportado pela capacidade da fábrica atual”, conta Amaral…. leia mais em Pipeline 06/03/2024