A Oncoclinicas fechou um acordo com a Unimed Recife, maior operadora da capital pernambucana, para coordenar o atendimento ambulatorial oncológico na rede por 30 anos. O volume dos chamados tratamentos infusionais ambulatoriais na cooperativa de médicos foi de cerca de R$ 200 milhões no ano passado.

O acordo implica num investimento de R$ 280 milhões por parte da Oncoclinicas, sendo R$ 168 milhões no fechamento da transação e os demais R$ 112 milhões em até cinco anos – sujeito ao atingimento de determinados indicadores, não revelados.

A Unimed Recife tem cerca de 182 mil beneficiários e coordena outros 90 mil beneficiários em regime de intercâmbio. A Unimed Nacional terá o direito de participar do mesmo acordo, definindo termos e prazos com a Oncoclínicas – um potencial de até dois milhões de beneficiários.

Oncolínicas vai coordenar oncologia da Unimed Recife

O modelo, definido na Oncoclínicas como “custo-efetividade”, já tem sido implementado com outros parceiros. A companhia fez acordo semelhante, por exemplo, com o hospitalar Grupo Santa, no Distrito Federal. Nesse caso, o acordo operacional e comercial, também sem vinculo societário, tem prazo de 60 anos, com divisão dos resultados econômicos combinados em oncologia.

Numa outra frente de estratégia econômica, a empresa criou, no fim do ano passado, uma joint venture com a Porto (antiga Porto Seguro), para o atendimento especializado aos segurados do grupo.

“Democratizar o acesso ao cuidado oncológico é um grande desafio diante de seus altos custos”, diz Bruno Ferrari, médico fundador e CEO da Oncoclínicas, explicando a estratégia de plataforma da companhia para atendimento especializado em redes de terceiros.

O atendimento oncológico da cooperativa de médicos é feito no Complexo Hospitalar Unimed Recife (CHUR). “Trata-se de uma parceria de dois grandes players da saúde suplementar. Temos uma cultura empresarial parecida”, diz Maria de Lourdes de Araújo, médica e presidente do conselho de administração da Unimed Recife… leia mais em Pipeline 12/09/2023