Dona de um serviço de telefonia em que não há central de call center nem lojas para atendimento ao cliente, a startup Fluke levantou R$ 4,6 milhões com 547 investidores a partir de um financiamento coletivo online na plataforma Kria.

No serviço da empresa, a contratação do plano e sua alteração acontece sempre por aplicativo de celular. O atendimento é feito principalmente por WhatsApp e o chip é enviado até a casa do cliente pela startup.

Marcos Oliveira Jr., 22, sócio da startup, diz que o objetivo do grupo, formado por jovens de sua faixa etária, é trazer para o segmento transformação semelhante à realizada pelas fintechs no setor bancário.

O empresário afirma que a motivação para iniciar o negócio veio da constatação de que os consumidores têm muito interesse pelos serviços de telefonia, mas as empresas que o oferecem são alvo constante de reclamações. A vantagem estaria na facilidade para compreender os planos e mudar de pacote sozinho.

Apesar de oferecer pacotes semelhantes ao das grandes operadoras, com cobertura nacional para ligações e uso de dados, a Fluke não possui infraestrutura própria para oferecer o serviço. Em vez disso, ela é uma operadora virtual que aluga redes já constituídas.

Atualmente a companhia usa a rede da Vivo. Oliveira diz que, com o futuro leilão do 5G, será possível ter mais acordos com operadoras regionais.

A ideia é que, por ter menos custos fixos com atendimento e gastos para conquistar clientes, a startup consiga oferecer preços competitivos, mesmo pagando para usar a estrutura das empresas maiores.

Segundo Oliveira, a escolha por um financiamento coletivo para levantar recursos e crescer levou em conta a possibilidade de ter, além de investidores, pessoas que se tornariam clientes e fãs da marca para apoiar a sua divulgação. O serviço da startup tem cerca de 6.000 usuários.

A contratação da Fluke está disponível nos estados de São Paulo, Rio, Minas, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. Com o investimento, deverá haver expansão para mais locais.

A companhia tem cerca de 30 funcionários e já havia levantado R$ 2 milhões com investidores individuais, incluindo Pedro Conrade, fundador da fintech Neon… leia mais em pbmoney 29/05/2021