A startup de biotecnologia com sede em Berlim, Pacifico Biolabs, sai de dois anos em modo furtivo com o anúncio de uma rodada pré-semente superavitada de $3.3 milhões.

Com esse capital, a startup planeja aprimorar e expandir ainda mais seu “único” processo de fermentação de biomassa para criar alternativas de corte inteiro à base de micélio, começando pelos frutos do mar. Além disso, pretende ampliar sua equipe com cargos-chave, como CTO e chefe de equipe.

Simon Capital e FoodLabs lideraram a rodada de financiamento, acompanhados por Exceptional Ventures e Sprout & About Ventures.

Patrick Noller, sócio-gerente da FoodLabs, comenta: “Estamos confiantes de que a tecnologia da Pacifico os posiciona fortemente para transformar frutos do mar e além, atendendo às demandas urgentes de um clima em mudança.”

Friedrich Droste, sócio-gerente da Simon Capital, compartilhou: “Sua abordagem técnica inovadora para frutos do mar alternativos aborda preocupações ambientais e éticas críticas, encaixando-se perfeitamente com a crescente demanda por escolhas alimentares sustentáveis.”

Pacifico Biolabs capta $3.3M
Unsplash

Micélio e múltiplos microrganismos

Washington Logroño e Zac Austin fundaram a Pacifico Biolabs em 2022 para impactar positivamente o setor de proteínas alternativas com uma solução para criar melhores alternativas aos frutos do mar.

De acordo com a startup, apesar do impacto enorme da pesca industrial e da aquicultura nos ecossistemas marinhos, as opções alternativas de frutos do mar disponíveis ainda não conseguiram gerar tantas vendas quanto as alternativas de carne, atraindo os consumidores.

Usando suas capacidades científicas, a Pacifico Biolabs afirma ter desenvolvido um processo único de fermentação que cultiva múltiplos microrganismos (ainda não revelados), incluindo micélio, e utiliza subprodutos da indústria como matéria-prima.

O processo de fermentação resulta em uma biomassa que a startup afirma ser altamente nutritiva e versátil, oferecendo múltiplas possibilidades, desde alternativas de carne e peixe até alimentos funcionais.

“Com o apoio de nossos investidores especializados, esse financiamento nos permitirá escalar nossa solução de maneira eficaz, preparando o terreno para o lançamento de nossos produtos em toda a Europa”, diz Austin, que lidera a startup como CEO.

Superando desafios

Outras empresas que utilizam a fermentação de biomassa para criar alternativas aos frutos do mar incluem Quorn, a austríaca Revo Foods e a sueca Mycorena, que se associou para desenvolver micoproteínas imprimíveis em 3D para cortes inteiros de frutos do mar.

Além disso, a biotecnologia alemã Koralo está desenvolvendo alternativas de frutos do mar usando microalgas e micélio em um processo de co-fermentação. Usando um processo de fermentação diferente, a startup de Chicago, Aqua Cultured Foods, está prestes a lançar cortes inteiros de frutos do mar alternativos “excepcionais”.

“Nossa tecnologia foi desenvolvida com foco em resolver muitos dos desafios enfrentados por empresas plant-based e de fermentação no setor de proteínas alternativas”, acrescenta Austin.

A abordagem de fermentação da Pacifico Biolabs recebeu o primeiro prêmio na Missão do Sistema Alimentar Líquido-Zero na Cúpula EIT FOOD em Lisboa… leia mais em VeganBusiness 19/02/2024