Com a rodada liderada pela gestora, a empresa vai investir em aquisições, tecnologia e na ampliação do seu time para consolidar um ecossistema de ofertas voltadas à nova economia

A StartSe projeta fechar 2021 com um faturamento de R$ 75 milhões

Empresa de educação e de negócios voltada à nova economia, a StartSe aprendeu uma dura lição com a chegada da Covid-19, em março de 2020. A pandemia expôs o quanto a startup, fundada em 2015, havia priorizado a oferta de cursos presenciais e relegado sua presença digital a um segundo plano.

Depois de um mea culpa, a companhia recalculou rapidamente seu trajeto. Nos meses seguintes, lançou uma gama de cursos e conteúdos online, em diferentes formatos. E começou a construir um novo modelo, baseado em uma plataforma digital gratuita para atrair usuários e, posteriormente, rentabilizar esse relacionamento, por meio de ofertas pagas.

Logo da StartSe

Agora, a StartSe está ganhando um reforço de peso para consolidar essa virada. A empresa anuncia nesta segunda-feira um aporte de R$ 75 milhões, captado junto ao Pátria Investimentos, que passa a ter uma participação minoritária – não revelada – na operação.

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Um dos principais nomes da indústria de private equity na América Latina, a gestora se junta ao quarteto formado por Pedro Englert, Marcelo Maisonnave, Eduardo Glitz e Maurício Bevenutti, todos ex-XP. Em 2015, eles compraram uma fatia da StartSe e, até então, eram os únicos investidores da companhia.

“Ficou claro que, se continuássemos crescendo organicamente, nossa velocidade estaria aquém do que o mercado está demandando”, diz Pedro Englert, presidente do comitê estratégico da StartSe, ao NeoFeed. “Por isso, entendemos que era o momento de ter um investidor do calibre do Pátria conosco.”

Alguns indicadores ajudaram na aproximação com a gestora. Hoje, as ofertas digitais representam 70% dos negócios da StartSe, contra um índice pré-pandemia de apenas 5%. Com esse mix, a companhia projeta fechar 2021 com um faturamento de R$ 75 milhões.

A chegada do Pátria coincide com uma nova etapa da estratégia para turbinar esses números. O foco da StartSe ir além do portfólio pelo qual ficou conhecida e ocupar um espaço mais amplo na jornada das empresas e profissionais rumo à nova economia.

“Quando restringimos nossa atuação à educação, não estamos capturando todo o valor que alimentamos”, afirma Junior Borneli, cofundador e CEO da StartSe. “A ideia é construir um ecossistema de soluções para sermos mais relevantes para esses clientes.”

Capitalizada, a StartSe escolheu a compra de participações em empresas como um dos principais atalhos para adicionar novos ingredientes ao seu cardápio. Dentro dessa tese, os investimentos irão envolver fatias minoritárias em companhias com produtos já validados e em fase de ganhar tração.

Pedro Englert, presidente do comitê estratégico da StartSe
“Estamos buscando desde empresas de educação especializadas em hard skills até ferramentas de gestão, marketing e vendas mais alinhadas com o framework da nova economia”, diz Englert. “Até o fim do ano, vamos anunciar pelo menos quatro acordos.”

A aposta em ativos para ampliar sua oferta já está sendo aplicada com a CapTable, plataforma de investimentos em startups na qual a StartSe detém uma participação de 40%. Aqui, o foco é oferecer uma opção para as empresas da sua carteira se conectarem com esse ecossistema.

Além do equity crowdfunding, o modelo mais tradicional da CapTable, a StartSe desenvolveu um conceito que Englert classifica como Corporate Venture Capital as a Service, para ajudar as companhias dispostas a estruturar veículos de investimento em startups.

“Já temos três grandes clientes olhando esse mercado conosco e mais algumas empresas no pipeline”, conta  …Leia mais em neofeed 08/11/2021