A família Scheffer, uma das mais tradicionais do agro brasileiro, despertou a curiosidade do mercado ao comprar ações da SLC Agrícola que a deixaram com uma participação relevante de 5,37% na companhia, o equivalente a cerca de R$ 440 milhões no preço de ontem.

Embora atue no mesmo segmento da SLC, a família é mais conhecida pelos seus investimentos feitos diretamente em terras. Ao todo, são 215 mil hectares de área cultivada em duas safras, em 10 unidades de produção distribuídas entre os estados de Mato Grosso e Maranhão. O grupo também está presente na Colômbia, com algodão, soja e milho, e tem ainda uma atuação em pecuária, armazenamento de grãos e produção de termofosfato, no Pará.

Por que a família Scheffer decidiu virar acionista da SLC Agrícola

Comprar terras, no entanto, ficou caro. Ao Pipeline, a família disse os que valores para aquisição de terras no Brasil subiram muito nos últimos anos e que, por isso, investir em ações da SLC lhe pareceu valer mais a pena. “Essa forma se mostrou mais eficiente para a alocação de capital, considerando que a SLC também é uma empresa com bons valores morais e éticos”, disseram.

A aquisição da família foi feita em nome de cinco membros, representados por Guilherme Eliseu Maggi Scheffer, filho de Eliseu Maggi Scheffer, primo do empresário e ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi.

O grupo fez o aporte em um momento de baixa da ação. Nos últimos 12 meses, o papel acumula queda de 7,84%. Para o analista Igor Guedes, da Genial, a ação opera a um valuation descontado, devido às dinâmicas baixistas no preço da soja e aos efeitos do El Niño, que têm prejudicado o volume de produção, e, consequente, resultado da companhia. No acumulado de 2023, até setembro, a SLC anotou lucro líquido de R$ 1 bilhão, queda de 9,4% em relação ao mesmo período de 2022.

Com a aquisição, a família Scheffer se tornou a segunda maior acionista da SLC, atrás apenas da família Logemann, que fundou … leia mais em Pipeline 18/01/2024