A startup Resend foi fundada por Zeno Rocha, Bu Kinoshita e Jonni Lundy no Vale do Silício, mas tem DNA brasileiro. Depois de ser selecionada para o programa de aceleração do Y Combinator em janeiro deste ano, a startup anuncia a captação de uma rodada seed de US$ 3 milhões com participação da aceleradora e de investidores-anjo.

Natural de Curitiba, Rocha teve a ideia para a empresa a partir de uma dor que enfrentou em todos os empregos que teve como engenheiro de software: mandar e-mails. Há 8 anos, ele se mudou para a Califórnia para trabalhar na startup norte-americana Liferay Cloud e, em 2022, decidiu empreender. “Sempre foi uma experiência ruim criar e-mails transacionais, eu sempre tive essa pulga atrás da orelha. Ano passado pensei em atacar isso. Fiz o protótipo, um amigo CTO do Brasil testou e gostou”, relembra.

A plataforma auxilia os desenvolvedores na formatação de e-mails enviados para usuários únicos – ao contrário das plataformas de disparo de e-mail marketing, por exemplo –, como quando um aplicativo envia conteúdos personalizados a partir de suas atividades, uma confirmação de um pedido ou mensagens de boas-vindas ao baixar uma nova aplicação.

Resend capta US$ 3 milhões em rodada seed

O fundador conta que relutou antes de se inscrever para a aceleração do Y Combinator. “Debati muito se valeria a pena entrar. Eles fazem investimento de US$ 500 mil na startup, mas pegam 7% em troca. Você vende muito da empresa por pouco capital”, aponta. Uma vez escolhidos para participar do programa, a estratégia foi tentar aproveitar ao máximo a oportunidade, captando as outras startups participantes como clientes. Segundo Rocha, das 250 empresas que participaram da edição de inverno do YC em 2023, a Resend atende 80.

Além do capital inicial do Y Combinator, a rodada é composta por mais US$ 2,5 milhões investidos por anjos, do fundo SV Angel e investidores independentes. Rocha conta que, para essa primeira captação, o objetivo da startup era levantar capital com investidores com expertise em ferramentas para desenvolvedores. Entre os cerca de 30 nomes que aportaram na empresa estão Dylan Field, fundador da Figma (vendida para a Adobe por US$ 20 bilhões em 2022), e Elad Gil.

O CEO afirma que a injeção de capital será utilizada para expandir o time e o produto. Atualmente com quatro pessoas na equipe, a startup pretende fazer contratações no Brasil, visto como local estratégico. A visão a longo prazo é se transformar em uma plataforma de comunicação com usuários. “Estamos começando com o canal e-mail e com esse investimento vamos expandir para outros, seja WhatsApp, SMS, notificações por push”, diz…. leia mais em PEGN 18/07/2023