O interesse do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB, na sigla em inglês) em acelerar investimentos no Brasil pode ser a senha para que investidores chineses intensifiquem ainda mais o financiamento de projetos de infraestrutura energética no país.

Entre 2007 e 2022, empresas chinesas investiram US$ 71,6 bilhões no Brasil, com o setor de eletricidade absorvendo 45,5% do total, seguido pelas áreas de extração de petróleo (30,4%), conforme os dados mais recentes do Conselho Empresarial Brasil-China.

Há anos, o setor elétrico tem atraído capital chinês. As estatais controladas pelo governo de Xi Jinping State Grid e China Three Gorges (CTG) lideram os investimentos no Brasil, com negócios de grande porte, como a aquisição da CPFL Energia, (State Grid) e a compra das usinas de Jupiá e Ilha Solteira (CTG).

Entretanto, a chegada de novos atores tem acelerado a exportação de capital chinês ao país, junto com comércio exterior e oferta de serviços financeiros, o que sinaliza uma nova onda bilionária de investimentos, principalmente em energia no Brasil.

Em 2023, os anúncios das companhias chinesas em energia somam mais de R$ 65 bilhões (US$ 13 bilhões). Se no passado, a principal estratégia das companhias era entrar no mercado brasileiro via fusões e aquisições, agora os projetos novos (greenfield) aumentam por conta dos megaleilões de transmissão, expansão de energias renováveis, necessidade de eletrificação e crescente interesse em hidrogênio verde…. leia mais em Valor Econômico 05/03/2024