Entidades projetam fechamento de empresas e elevação de preços

Representantes de setores considerados essenciais na pandemia como saúde e higiene pessoal estão preocupados com o aumento de carga tributária e as consequências de uma reforma fatiada. Segundo associações de classe, as mudanças, da forma como aparecem no relatório preliminar do deputado Celso Sabino (PSDB-PA), podem levar a fechamento de empresas e transferência de custos aos consumidores.

Apesar da redução na alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), a carga tributária global de hospitais privados (com fins lucrativos) subiria 99,5% em 2022, desacelerando para 96% em 2023, por causa da tributação de dividendos.

Nas clínicas e sociedades médicas, as altas seriam de quase 77% neste ano e, depois, 71%. Já para os demais serviços de saúde, os aumentos seriam de 27% em 2022 e de 21% em 2023.

As estimativas são do Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Laboratórios e Demais Estabelecimentos de Saúde do Estado de São Paulo (Sindhosp). As simulações, que consideram empresas no regime de lucro presumido, preveem queda na alíquota geral do IRPJ de 15% para 5% em 2022 e para 2,5% a partir de 2023, mas retenção de 20% na fonte pela distribuição de dividendos (35% da receita). Autor: Anaïs Fernandes Referência: Valor Econômico Leia mais em capitólio 22/07/2021