O Deezer, serviço de streaming de música que concorre com o Spotify, recebeu um aporte de 185 milhões de dólares na semana passada e agora vale 1,16 bilhão de dólares.

O aporte veio principalmente de investidores sauditas, dentre eles a Rotana, maior gravadora do Oriente Médio. O objetivo é acelerar o crescimento do Deezer, que tem sede na França e 14 milhões de usuários pelo mundo (contra cerca de 200 milhões do Spotify).

Além de colocar dinheiro no negócio, a Rotana fechou um acordo de exclusividade, para que o app de música distribua as músicas da gravadora. A ideia é fortalecer o Deezer no Oriente Médio e norte da África.

Também participa do aporte a Kingdom Holding Company (KHC), uma das maiores investidoras do mundo, com participação em empresas como Twiter e Lyft.

Enquanto Spotify atua com força no conteúdo em inglês, e domina o mercado dos grandes hits da música pop, o Deezer tem como estratégia buscar conteúdos regionais e focar sua expansão em mercados como América Latina, Ásia e África. O app busca crescer também no Brasil, onde mantém parcerias com TIM e o clube Flamengo. O serviço tem 53 milhões de músicas disponíveis.

Com esse aporte, o Deezer já levantou um total de 531 milhões de dólares em investimento desde sua fundação, em 2007.

Em 2015, o app chegou a divulgar que faria seu IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês), mas voltou atrás. Agora, seu CEO  Hans-Holger Albrecht tem dito que não descarta a possibilidade, mas “somente quando for a hora certa”.

O Spotify abriu capital na bolsa de Nova York em abril deste ano, quando atingiu 28 bilhões de dólares em valor de mercado. Em seu último balanço, divulgou um total de 83 milhões de assinantes e 1,27 bilhão de euros em receita. O Deezer ainda está longe disso, mas não pode ser ignorado. * Por Mariana Desidério, para Exame.com Leia mais em stratapi 08/08/2018