A startup de robótica e inteligência artificial (IA) Figure levantou US$ 70 milhões para ajudar a desenvolver um robô humanóide que acredita que um dia poderá assumir uma ampla gama de tarefas tradicionalmente executadas por pessoas.

A empresa com sede em Sunnyvale, na Califórnia, acredita que seu robô futurista, chamado Figure 01, será capaz de lidar com a escassez de mão-de-obra, fazer trabalhos perigosos e ajudar a apoiar a cadeia de suprimentos global, disse a empresa.

“Esperamos ser um dos primeiros grupos a trazer para o mercado um humanóide que possa realmente ser útil e realizar atividades comerciais”, disse o fundador e CEO, Brett Adcock, em entrevista. “Acreditamos que as tarefas estruturadas, repetitivas e muitas vezes perigosas em armazéns são uma primeira aplicação com grande potencial.”

Adcock fundou a Figure em 2022 e sua equipe de 50 pessoas inclui ex-funcionários da Boston Dynamics, Tesla, laboratório de pesquisa lunar do Google e outros.

A Figure, como a maioria das empresas que trabalham com robôs semelhantes a humanos, vê os armazéns como a principal oportunidade de comercialização no momento.

O negócio está entrando em um mercado em expansão para robótica e drones, com US$ 5,73 bilhões de capital total levantado em 2022, de acordo com dados do PitchBook.

Há muita concorrência também. A , com sede em Vancouver, no Canadá, tem trabalhado em várias iterações de seu robô humanóide chamado Phoenix, um robô de 170 centímetros.

A empresa norueguesa 1X ganhou as manchetes em março, quando recebeu US$ 23,5 milhões em financiamento da OpenAI e outros. E Elon Musk disse que Tesla está trabalhando em um robô humanóide chamado Optimus.

O Figure 01, que ainda não está no mercado, será demonstrado em armazéns nos próximos 12 meses e testado em áreas comerciais com um ou dois clientes nos próximos dois anos, disse a empresa. Pode levar até cinco anos para que os robôs sejam adotados para uso mais amplo.

Adcock disse que a empresa está considerando incorporar IA generativa ao robô para aprimorar seus comportamentos semânticos e ajudá-lo a entender melhor comandos humanos simples, como “vá pegar uma maçã para mim”.

A IA generativa, que foi popularizada pelo ChatGPT da OpenAI, usa algoritmos para vasculhar grandes quantidades de texto e dados para criar novos conteúdos, incluindo imagens, texto e vídeo…. leia mais em Valor Econômico 24/05/2023