Taesa avalia 11 ativos de transmissão que Eletrobras quer vender em leilão, diz CEO
A transmissora de energia elétrica Taesa, controlada pela mineira Cemig e pela colombiana Isa, tem avaliado 11 ativos de transmissão da estatal Eletrobras que devem ser colocados à venda em um leilão previsto para junho ou julho, disse à Reuters na quarta-feira o presidente da companhia.
A análise dos ativos, que somam cerca de 1 mil quilômetros em linhas de energia, acontece em meio a uma sólida posição financeira da Taesa, que fechou o primeiro trimestre com cerca de 900 milhões de reais em caixa e um endividamento baixo para os padrões de empresas de infraestrutura.
A relação entre a dívida líquida e a geração de caixa da empresa, medida pelo Ebitda, é de 1,3 vez, o que significa que há “um espaço confortável” para aquisições ou novos investimentos, afirmou Raul Lycurgo Leite, que comanda a Taesa desde novembro do ano passado.
Em cinco dos ativos que serão colocados à venda pela estatal, a Taesa é sócia e poderá exercer um direito de preferência na licitação.
“A gente tem caixa e tem espaço no balanço… Em cinco a gente tem direito de preferência e outros seis não temos. Mas nós estamos analisando, fazendo due dilligence”, afirmou Leite.
“Nesses em que não estamos (como sócios), o trabalho é um pouco mais árduo, mais complexo… nos que temos presença, em fazendo sentido em termos financeiros, a Taesa vai, sim, exercer o direito de preferência”, disse.
Ele afirmou que a Taesa também segue avaliando empreendimentos de transmissão da Âmbar Energia, empresa do grupo J&F, dono da empresa de alimentos JBS, que passou a buscar fazer caixa com a venda de seus ativos em energia.
“A gente está fazendo due dilligence… não teve uma proposta firme, mas de qualquer forma continuamos trabalhando, vendo, avaliando”, explicou o executivo.
Além das possíveis aquisições, a Taesa também pretende disputar os próximos leilões de concessões para novas linhas de transmissão que serão realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). (Por Luciano Costa) Reuters Leia mais em noticias.r7 10/11/2018