A telemedicina, modalidade de consulta mediada por um dispositivo eletrônico em chamada de áudio ou vídeo, ganhou impulso durante a pandemia. Ficaram evidentes os benefícios: ela evita deslocamentos de pessoas, oferece preços mais baixos e traz maior cardápio de especialistas. Agora, o desafio é manter o fôlego da expansão – essa é uma das apostas do setor.

A Vibe Saúde, que oferece consultas avulsas ou em modelo de assinatura para as classes C e D, quer saltar das atuais 65 mil consultas ao mês para até 1 milhão até o fim deste ano – antes da pandemia, esse número era de 100. “Vem caindo o desconhecimento que existia sobre plataformas de telemedicina”, conta o fundador da startup, Ian Bonde. “Nos próximos três anos, a penetração do setor de saúde digital deve chegar a 15%, saindo do atual 1%.”

Já a W3.care, que provê tecnologia para socorristas de ambulâncias fazerem atendimento de urgência, lançou em outubro passado uma nova plataforma para médicos realizarem consultas a distância. A ideia é diversificar o serviço, que se tornou mais popular.

“No futuro, o médico vai ter um consultório próprio e também uma plataforma para os pacientes que querem ser atendidos a distância”, explica o CEO da W3.care, Jamil Cade.

As “healthtechs” sabem que oferecer consultas por videochamada é algo básico e tentam ir além. Elas reúnem os dados dos pacientes em uma única plataforma para oferecer diversas etapas de atendimento médico.

Para a Ana Saúde, especializada em oncologia, o segredo está nos profissionais envolvidos, e não na tecnologia em si. “Não é mais sobre telemedicina que devemos falar, e sim sobre qual é a finalidade dela”, afirma o presidente executivo e fundador da startup, Renan Aleluia.“Nosso diferencial não é o nosso app, e sim cuidar de pacientes com câncer de forma humanizada, mas usando a telemedicina.” Autor: Guilherme Guerra Referência: Estado de São Paulo Leia mais em capitólio 14/07/2021