Parceira da Petrobras Biocombustíveis (PBio) na produção de etanol no Estado de São Paulo, a Tereos Internacional, controladora da sucroalcooleira Guarani, tem dificuldades para estimar o quanto crescerá sua capacidade instalada de moagem de cana no longo prazo.

Não por falta de planejamento, mas porque em São Paulo, maior produtor de cana do país, há poucos espaços livres para serem ocupados com novas usinas e os preços das terras são pouco convidativos.

Assim como já anunciado, a ampliação das unidades já existentes está na prioridade da Tereos, diz Alexis Duval, diretor-presidente da companhia, de origem francesa. No entanto, projetar o tamanho da operação de cana-de-açúcar no longo prazo seria atirar no escuro, diz o executivo. “São Paulo não é o Estado mais propício para greenfields. Mas muitas usinas serão vendidas nos próximos anos e elas serão o foco do nosso crescimento, como já fizemos com as unidades Mandu e Vertente”, diz Duval. “A questão é que fazer aquisições depende de oportunidades e essas não podemos prever”, completa.

Apesar disso, até agora, a avaliação é de que o crescimento já vem sendo expressivo, diz Duval. “Desde a parceria com a Petrobras, avançamos em 50% nossa capacidade de moagem”.

Com as aquisições e a ampliação das usinas já existentes, a empresa deve atingir em três a quatro anos 24,5 milhões de toneladas de capacidade de moagem de cana no Brasil, ante as 21 milhões de toneladas atuais.

Para esta temporada, 2011/12, a empresa revisou para 17,1 milhões de toneladas seu processamento de cana, devido aos problemas climáticos que vêm atingindo os canaviais da companhia e de todo o Centro-Sul. O número anterior era de 18,5 milhões de toneladas.

Na sexta-feira, a companhia também divulgou balanço do primeiro trimestre da safra 2011/12 no qual registrou um lucro líquido de R$ 63,2 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 58,8 milhões registrados em igual intervalo do ciclo passado.

Fonte:ValorEconômico15/08/2011