TI – RADAR de Fusões e Aquisições, em junho/2015
O volume de fusões e aquisições de TI anunciadas no primeiro semestre de 2015 aumentou 29%, com 133 transações.
O mês de junho/15, indica crescimento do número de operações comparativamente ao mês anterior, com 33 negócios anunciados, representando um crescimento de 106%. E de 26,9% em relação ao mesmo mês de 2014 (26 transações).
O investimento total no mês de junho chegou a cerca de R$1,2 bilhão representando queda de 83% em relação ao mês anterior. No acumulado do primeiro semestre o valor ultrapassa R$ 4,0 bilhões.
O segmento de Software concentrara o maior número de operações no mês e também no semestre.
Quanto ao racional do investimento as operações direcionadas à Escala predominaram.
Transações envolvendo empresas de pequeno e médio portes foram em maior volume.
Em junho e também no acumulado do primeiro semestre, os investidores estratégicos foram mais ativos, bem como os de capital nacional. Já no que tange ao montante das transações, os Investidores Estrangeiros se sobressaíram no acumulado dos primeiros seis meses de 2015.
O Indicador de Volume de Transações de M&A do mês indica um viés de alta para a expectativa de tendência.
Operações de Fusões e Aquisições de Tecnologia da Informação – TI e Telecom, noticiadas com destaque na imprensa brasileira ao longo do mês. corrente As informações deste relatório, elaborado pelo Blog FUSÕES & AQUISIÇÕES (http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br) estão apresentadas em blocos, detalhando as transações por Volumes e Valores, Segmentos, Racional do Investimento, Porte das empresas, Perfil do Investidor, Destaques do mês e Relação das Transações.
ANÁLISE DO MÊS
Principais constatações.
No mês de junho/15 foram realizadas 33 transações, representando um crescimento de 26,9% em relação a junho/14 (26 operações) e um crescimento de 106% em relação ao mês imediatamente anterior (16 transações). No acumulado do primeiro semestre de 2015, o crescimento foi de 29,1% comparativamente ao mesmo período de 2014.
O fluxo de transações realizadas evidencia um mercado em crescimento continuo nos últimos três trimestres.
O objetivo do Indicador de Volume de Transações de M&A é sinalizar uma expectativa de tendência, com base na análise do verificado nos períodos semestrais móveis. O período móvel findo em junho/15, sinaliza um sensível aumento mas não necessariamente um novo ciclo de crescimento.
Os segmentos de maior volume de operações em junho/15, foram os de SOFTWARE e SERVIÇOS DE TI com 58% do total
Na classificação entre os Segmentos de TI no mês de junho, o subsegmento de Finanças, Comunicações, Educação, Saúde, Energia e Meio ambiente, Setor público.. (Verticais App) de SOFTWARE, e o BPO: serviços financeiros; contabilidade, recursos humanos…; Outsourcing; Treinamento de SERVIÇOS DE TI foram os mais ativos. No acumulado deste ano, SOFTWARE vem liderando o número de transações.
No que tange aos montantes das transações, incluindo as operações que divulgaram os valores e as não divulgadas (estimados), o mês de junho totalizou cerca de um bilhão cento e sessenta e quatro milhões de reais, representando queda de 83% em relação ao mês anterior. Desse total, 64% correspondem ao Valores Divulgados e 36% Valores Não Divulgados. No comparativo acumulado semestral a queda é de 69%
Comparando-se o número de transações por segmentos compiladas no primeiro semestre do ano, com o mesmo período de 2014, verifica-se crescimento em quatro segmentos e queda/estável em outros três. HARDWARE DE TI & TELECOM foi o de maior queda. O destaque ficou por conta do apetite dos segmentos de MIDIA e SERVIÇOS DE INTERNET, com crescimento significativo do número de transações.
RACIONAL DO INVESTIMENTO
A intenção é distinguir as transações de M&A na área de TI, Telecom e Mídia, em função da Tese de Investimento, ou seja, os conceitos que prevaleceram para a aquisição da empresa-alvo. Na maior parte das vezes a notícia não é muito clara a respeito dos direcionadores de valor que levaram à aquisição. Mesmo assim, procurou-se identificar as premissas sobre o Racional da transação para segregar em 4 grandes grupos, de modo a permitir o entendimento das principais vetores que estão orientando os investidores estratégicos e financeiros.
Nos primeiro semestre do ano, as operações com o racional do investimento direcionado para Escala prevaleceram – voltadas para ampliar a participação de mercado em alguns segmentos ou geografias.
Vale destacar, no comparativo com o mesmo período de 2014, a alteração dos perfis dos investimentos. Crescimento expressivo do racional voltado para Escopo.
(1) Aumentar a atual capacidade ou faturamento; penetrar em novos mercados geográficos
(2) Aumentar ofertas de novos produtos e serviços – expansão/ complemento do mix, ampliar competências
(3)Aumentar market-share, aproveitar sinergias e economias de escala, geralmente entre duas companhias com negócios similares
(4) Empresa brasileira adquire empresa de capital estrangeiro – acesso a mercados globais seja no âmbito do escopo, seja de escala;
PORTE DAS EMPRESAS
O objetivo é proporcionar uma visão das transações classificadas em função do porte das empresas. Utilizou-se o critério adotado pelo BNDES e aplicável a todos os setores para a classificação do porte em função da Receita Bruta anual (informada ou estimada).
Em relação ao porte, os investidores no primeiro semestre deram preferência para empresas de pequeno e médio portes. Interessante notar a queda significativa do número de transações de grande porte no comparativo com o mesmo período de 2014.
• Microempresa <= R$ 2,4 milhões
• Pequena empresa > R$ 2,4 milhões e <= R$ 16 milhões
• Média empresa > R$ 16 milhões e <= R$ 90 milhões
• Média-grande empresa > R$ 90 milhões e <= R$ 300 milhões
• Grande empresa > R$ 300 milhões
PERFIL DO INVESTIDOR
Em relação ao perfil do investidor, das 33 operações, os Investidores Estratégicos foram responsáveis por 17 negócios em jun/15. Desse volume, 14 operações foram realizadas por empresas de capital nacional e 3 de capital estrangeiro. Os investidores financeiros, representados por Fundos de Investimentos realizaram 15 negócios, distribuídos entre capital estrangeiro com 10 e nacional com 6.
No primeiro semestre deste ano, o Investidor Estratégico se destaca com maior número de operações, bem como o Investidor Nacional. Já no que tange ao montante das transações, os Investidores Estrangeiros se sobressaem.
(1) Empresa adquire outra empresa (controladora ou não) relevante do ponto de vista estratégico, a fim de ter acesso a tecnologia, produto ou serviço.
(2) Fundo de Investimento Private Equity; Venture Capital, Angel;
(3) Empresa de capital nacional adquirindo participação em empresa brasileira (controladora ou não).
(4) Fundo de Investimento de capital estrangeiro adquirindo participação em empresa brasileira (controlador ou não).
Quanto ao Nº de Operações
Quanto aos Valores
SEGREGAÇÃO POR PORTES
Na análise do comparativo semestral do número de transações, segregadas por porte nos últimos dois anos, cerca de 70% delas são de porte até R$ 24,9 milhões.
NACIONALIDADE DOS INVESTIDORES
Em relação à nacionalidade das empresas que estão investindo no Brasil no mês de junho/15, foram registrados 13 operações de 6 países de origem. No acumulado do primeiros semestre, foram 50 operações com investidores estrangeiros. Os EUA foram responsáveis por 63,3% desse total, com 31 negócios, e os segmentos SOFTWARE e de SERVIÇOS DE INTERNET foram o mais representativos, com 36% e 26%, respectivamente.
MAIOR TRANSAÇÃO DIVULGADA – EM VALOR – JUNHO/2015
A maior transação em junho, com valor informado, foi a da empresa espanhola de tecnologia Ezentis comprando a brasileira Ability por 55,4 milhões de euros. A Ability, especializada em prestação de serviços de operação e manutenção de redes fixas de telecomunicações – teve faturamento de 90,8 milhões de euros em 2014 e Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 10,1 milhões de euros nos últimos 12 meses. 08/06/2015
“PERCEPCÕES DE MERCADO”
40 por cento das empresas deixará de existir nos próximos cinco anos – Estudo revela que, dentro de cinco anos, a transformação digital vai fazer desaparecer 40 por cento das empresas atuais. Apesar de a maioria das empresas reconhecer esta mudança como um elemento potenciador do negócio, algumas podem não conseguir lidar com a disrupção que a acompanha. Com o título Digital Vortex: How Digital Disruption is Redefining Industries (“Vortex Digital: Como está a Disrupção Digital a Redefinir as Indústrias”), o estudo foi elaborado pelo Centro Global para a Transformação Digital dos Negócios – uma iniciativa criada pela Cisco e pela IMD, uma instituição internacional de ensino da área da Gestão – aponta que 45 por cento das empresas inquiridas não acredita que os organismos directivos estejam devidamente sensibilizados para a importância de adotar abordagens proativas à transformação digital. Os resultados da investigação poderão indicar que algumas indústrias estão a dançar no fio da navalha. O estudo centrou a sua análise em 12 setores de atividade, mas foram os de Produtos e de Serviços de Tecnologia que maior potencial revelaram para se transformarem no decurso dos próximo cinco anos. Citando a investigação, a Cisco, em comunicado, disse que “Os sectores que geralmente se apoiam na análise de dados e nas redes tecnológicas para trocar estes dados de forma digital são os primeiros a apresentar potencial disruptivo, incluindo Media e Entretenimento, Telecomunicações, Serviços Financeiros e Retalho”.25/06/2015
RELATÓRIO ANTERIOR: TI – RADAR de Fusões e Aquisições, em MAIO/2015
M&A – QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ