Com previsão de um fechar um acordo até agosto, a operadora busca um parceiro que se mostre capaz de sobreviver à consolidação do mercado. As negociações envolvem duas empresas do segmento, além de uma concorrente do setor de telecomunicações

Dos bancos tradicionais e fintechs às varejistas e companhias dos mais variados segmentos, não há limites para a onda de empresas investindo em serviços financeiros no País. E um dos próximos nome a reforçar essa tendência é a TIM.

A operadora planeja lançar sua carteira digital no terceiro trimestre, por meio de uma parceria com uma empresa do segmento, ainda não definida. Segundo a empresa, as negociações têm acontecido com dois possíveis parceiros, de nomes não revelados, e amadureceram “bastante” nas últimas semanas, com expectativa de conclusão entre o fim de agosto e o início de setembro.O objetivo da TIM é entrar nesse mercado sem precisar realizar despesas ou investimentos adicionais significativos, até porque a companhia avalia que se trata de um segmento que encontra barreiras para ser lucrativo, em meio à ampla oferta de serviços gratuitos.

“Com a nossa abordagem tradicional de disciplina financeira, ao mesmo tempo em que ajudamos a criar uma base de clientes maior no futuro, poderemos esperar essa monetização”, disse o CEO da TIM, Pietro Labriola, em teleconferência com analistas, na manhã desta terça-feira.

O executivo lembrou que o segmento de carteira digital conta com um alto número de competidores, mas ressaltou que ainda não há clareza sobre a viabilidade de monetização.

“Vamos usar ativos que nos permitam entrar nesse campo com despesas e investimentos marginais para aproveitar a oportunidade”, disse Labriola. “Não vamos perder um segundo na execução do nosso core business, que vai pagar nossos salários”, afirmou.

Segundo Renato Ciuchini, vice-presidente de Estratégia e Transformação da companhia, a TIM quer escolher um parceiro que mostre condições de sobreviver ao processo de consolidação do mercado de carteiras digitais.

Ciuchini afirmou ainda que a entrada da Tim nesse mercado pode se dar por meio de uma parceria com uma outra empresa do setor de telecomunicações, com quem eles já conversam. “Podemos, juntos, criar mais valor aos acionistas, em uma conversa de mais cooperação e menos competição”, disse.

Na teleconferência, os executivos da TIM também falaram sobre a aquisição da unidade móvel da Oi e demonstraram otimismo com a aprovação do negócio pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), mesmo após o órgão ter classificado a operação como “complexa”, em declaração divulgada na sexta-feira, dia 23.

Os ativos em questão foram vendidos em um leilão vencido por um consórcio formado por TIM, Vivo e Claro, em um negócio de R$ 16,5 bilhões. O contrato foi assinado no início do ano, mas a transação ainda … leia mais em neofeed 27/07/2021