Como estratégia para ampliar a presença em Santa Catarina, a rede de franquias Tintas MC resolveu adquirir três pequenas redes locais e transformá-las em unidades da marca. O investimento total de R$ 10 milhões trouxe para o negócio cinco lojas da Colormar, duas da Casa da Pintura e duas da Bigaçu. Entram na conta também duas franquias Tintas MC que foram recompradas pela marca e se tornaram lojas próprias. Assim, a marca assume a operação de 11 lojas, no total.

As novas operações abrem caminho para a empresa nas cidades de Florianópolis, Biguaçu e São José. De acordo com Renato Sá, CEO da rede, o investimento levou cerca de um ano para ser concluído. “Santa Catarina é um dos estados que mais têm crescido no nosso segmento, com uma série de projetos de construção civil. Esperamos ter o retorno desse investimento em até 24 meses, e estamos monitorando outros estados”, diz.

A Tintas MC passa a ter 19 lojas na região Sul do país. A estimativa é que a conversão de layout nas novas operações seja concluída ainda no primeiro semestre.

A Tintas MC tem 59 anos de existência e há seis anos aderiu ao modelo de franquias. Com as aquisições, a marca opera 85 lojas próprias e 106 unidades franqueadas — a marca bateu a barreira das 100 na virada do ano. O crescimento corresponde a um avanço de 32% sobre 2021.

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“2022 foi um ano desafiador, mas encerramos com R$ 400 milhões em vendas, entre lojas próprias e franquias. Foi um recorde histórico nosso”

De acordo com o empreendedor, novas aquisições podem ser anunciadas em breve. A Tintas MC tem olhado para empresas do ramo que são tradicionais, que operam com fornecedores parecidos e que representem uma oportunidade de ganho de mercado.

Todo esse crescimento tem um alvo certo: os estímulos à construção civil que podem derivar de programas como o relançamento do Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.

Como grande parte das empresas que operam no nicho de reformas e construção, a Tintas MC experimentou um crescimento vertiginoso ao longo de 2020, impulsionado pelo distanciamento social, que motivou o boom de obras residenciais. No ano passado, mesmo com a acomodação da demanda, o nicho cresceu em vendas. De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o segmento de casa e construção faturou R$ 15,9 bilhões em 2022, um avanço de 7,4% em relação ao ano anterior.

No entanto, diferentemente de outros setores, a venda por canais digitais se ateve ao WhatsApp. O aplicativo ganhou importância no dia a dia das lojas físicas, mas o e-commerce corresponde apenas a 1% do faturamento da marca… leia mais em PEGN 05/04/2023