Projeto foi desenvolvido pela {reprograma} e BID Lab visando a igualdade de gênero no setor

A presença feminina na área de tecnologia da informação aumentou significativamente. Pesquisas apontam que, aos poucos, as mulheres estão conquistando espaço em um setor que é amplamente dominado pelo público masculino.

Para a economista peruana e CEO da {reprograma}, Mariel Reyes Milk, o esforço para aumentar a participação feminina é conjunto: enquanto surgem cada vez mais iniciativas que têm como objetivo empoderar e capacitar mulheres em programação, como a própria startup social paulistana, cresce cada vez mais o número de empresas que investem em projetos educacionais de TI exclusivos para mulheres, e que também têm se movimentado para gerar novas oportunidades para que as elas possam ocupar suas cadeiras no mercado de trabalho.

Em 2020, o número de vagas no setor da tecnologia cresceu mais de 300%, segundo a GeekHunter. “O aumento da procura de profissionais especializados em programação, por exemplo, é muito significativo, principalmente para as iniciativas, como a {reprograma}, que formam pessoas qualificadas para a carreira na área de T.I”, comenta Reyes.

Educação como ponto de partida, em meio a pandemia

Em 2021, foi lançado o programa Todas em Tech, que tem como objetivo impactar 2.400 mulheres em situação de vulnerabilidade até dezembro de 2022. Dentro desse número de participantes, 400 mulheres serão formadas como desenvolvedoras front-end e back-end.

Com o aporte de R$4 milhões, o projeto foi desenvolvido pela {reprograma}, startup social paulistana, em parceria com o BID Lab, Laboratório de Inovação do Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Para as mulheres que querem usar a tecnologia para mudar vidas e criar um impacto positivo no mundo, esse é o projeto certo. O objetivo do Todas em Tech é ensinar programação e dar a oportunidade de um futuro melhor, por meio da tecnologia, para mulheres em situação de vulnerabilidade social, econômica e de gênero, priorizando a seleção de mulheres negras e/ou trans. O projeto também conta com o apoio das empresas: Accenture, Creditas, Easynvest, Facebook, iFood e Nubank.

Reyes explica que durante o processo educativo, as empresas parceiras oferecem mentorias para o desenvolvimento profissional das alunas. “Durante o projeto, além de ensinar sobre programação, trabalhamos o aprimoramento das competências comportamentais das mulheres, os soft skills, de modo a conectá-las ao mercado de trabalho”, finaliza a economista.

Diversidade de gênero pode impulsionar grandes empresas

Toda empresa possui seus desafios próprios em diferentes fases de existência e inúmeros problemas para focar em soluções. Para se manter competitiva no mercado é necessário que ela seja criativa, ofereça produtos que sejam diferentes, que respondam às necessidades da sociedade, e se há apenas um grupo representado criando essas soluções, com certeza não teremos uma solução que sirva para todos.

“A sociedade em que vivemos é diversa, então faz total sentido que os times que trabalham nas empresas sejam diversos. Desta forma, as empresas e seus times podem desenvolver produtos e serviços que realmente atendam à necessidade da sociedade como um todo”, explica a economista peruana.

O tema sobre a diversidade também se estende para grandes empresas, assim como a Accenture, Creditas, Facebook, BID Lab, iFood e Nubank – que são parceiras do programa Todas em Tech.

A identificação com o propósito de diversidade de gênero na área de T.I é fundamental para aumentar a empregabilidade na área, a Accenture empresa multinacional de consultoria de gestão e tecnologia da informação, por exemplo, tem 45% da equipe composta por mulheres, com a meta de atingir os 50% até 2025… Leia mais em segs 07/06/2021