A indústria cimenteira do país fechou o ano passado com crescimento de 7,3% nas vendas comparado com 2010, totalizando 63,5 milhões de toneladas. É o novo recorde do setor, cujo mercado se expande ano a ano desde 2006. Os resultados preliminares do desempenho do ano passado, que incluem apenas cimento nacional, foram divulgados hoje pelo Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC).

Com produto importado, o consumo aparente do país deve ter superado a marca de 64 milhões de milhões de toneladas. Em 2010, atingiu 60 milhões de toneladas. O volume de 2011 deverá representar expansão de 56% nos últimos cinco anos ao se comparar com 2006 – 41 milhões de toneladas -, ano da retomada forte da demanda interna.

O consumo cresceu puxado por aumento da renda da população, boom imobiliário, oferta de crédito para financiamento, obras de infraestrutura e programas de governo de habitação popular, como o Minha Casa, Minha Vida. Em dezembro, informou o SNIC, as vendas para no mercado nacional somaram 5 milhões de toneladas, aumento de 3,5% sobre o mesmo mês de 2010.

A indústria de cimento no Brasil é atualmente formada por 14 grupos fabricantes, nacionais e estrangeiros, com destaque para Votorantim, João Santos, Intercement (Camargo Corrêa), Lafarge, Cimpor e Holcim. A Cia Siderúrgica Nacional (CSN) estreou nesse negócio em 2009 e a família Brennand voltou ao setor no ano passado com fábrica em Minas.

Segundo o SNIC, até meados do ano passado operavam no país 79 fábricas, com capacidade de 78 milhões de toneladas por ano. Por Ivo Ribeiro
Fonte:ValorEconômico 10/01/2012