A Vice entrou com pedido de falência nesta segunda-feira (15) nos Estados Unidos. A empresa aderiu ao Capítulo 11, que permite o devedor manter as operações e adiar os prazos de pagamento, enquanto busca sanar as dívidas financeiras.

O veículo foi criado em 1994, por Shane Smith, Gavin McInnes e Suroosh Alvi. A empresa é focada em produzir documentários diários. No Brasil, a companhia encerrou a operação no primeiro semestre de 2020, após demitir grande parte dos funcionários em maio do mesmo ano.

A Vice informou que os credores – Fortress Investment Group, Soros Fund Management e Monroe Capital – deverão pagar cerca de US$ 225 milhões via crédito, comprar a empresa e assumir as responsabilidades financeiras do site de notícias.

Vice entra com pedido de falência nos Estados Unidos

A empresa listou ativos e passivos na faixa de US$ 750 milhões, conforme o processo judicial. O pedido de falência ocorre em meio a um período desafiador para várias empresas de tecnologia e mídia.

Em abril, por exemplo, o site BuzzFeed anunciou o fechamento de sua divisão de notícias, o “BuzzFeed News”, junto com um corte de 15% de sua força de trabalho, porque não conseguiu o suporte financeiro necessário para tornar a “operação lucrativa”.

Segundo a BBC, o veículo focado em jovens disse que continuará a operar durante o processo de falência e acrescentou que “espera emergir como uma empresa financeiramente saudável e mais forte em dois a três meses”.

Para tentar sanar as dívidas, os empresários responsáveis pela Vice cogitaram abrir capital, mas a ideia não foi concluída. Dessa forma, no mês passado, a empresa anunciou diversas demissões para tentar cortar gastos.

Em abril, a Vice também disse que cancelaria o popular programa de TV “Vice News Tonight” como parte de uma reestruturação mais ampla que resultaria em cortes de empregos nos negócios globais de notícias da empresa de mídia digital.

De acordo com a BBC, os credores da Vice aprovaram o financiamento de US$ 20 milhões para manter a empresa em operação enquanto passa pelo processo de falência… leia mais em G1 15/05/2023