Foi morando na China por oito anos que Bruno Chan constatou uma série de oportunidades para empreender no Brasil na área financeira. Nascido e criado em Campinas, interior se São Paulo, ele percebeu que o gigante asiático tinha desenvolvido uma série de soluções para democratizar o acesso a recursos financeiros, atacando o alto custo de crédito e de serviços financeiros, algo bem característico do sistema brasileiro.

A partir do que aprendeu na China, Chan voltou ao Brasil em 2019. Um anos depois, ele fundou a fintech Klavi em parceria com o chinês Stone Zheng, antigo head antifraudes da Uber na China. A ideia era desenvolver soluções para facilitar o fluxo e a análise de informações financeiras, permitindo que as instituições pudessem conhecer melhor potenciais clientes e oferecer produtos personalizados.

Com o impulso dado pelo open finance, a Klavi viu uma forte procura por suas soluções, adotadas por 31 clientes, incluindo Banco BV e a fintech Zippi. Agora, a startup está captando US$ 15 milhões em uma rodada séria A que traz a operadora de telefonia Vivo para a sua base de acionistas.

“A ideia é que a Série A ocorresse mais para o final do ano, mas como crescemos bastante e sentimos uma forte demanda do mercado pelas nossas soluções, a gente decidiu antecipar a rodada e ter recursos para uma nova fase de crescimento”, diz Chan, CEO da Klavi, ao NeoFeed. “Nosso plano agora é atacar a cadeia inteira de open finance.”

Vivo diz "alô" para o open finance
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A rodada reuniu investidores já conhecidos da Klavi, caso dos fundos de venture capital Iporanga Ventures e Parallax Ventures, que colideraram a série A. Eles foram os primeiros investidores da empresa, participando da rodada seed em agosto do ano passado, quando a empresa levantou US$ 1,25 milhão.

Além da Vivo Ventures, a rodada atraiu outros novatos. Um deles é a Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP), que possui um programa de venture capital para investir em empresas que desenvolvem tecnologias para apoiar ou habilitar serviços bancários e financeiros. O outro é o fundo chinês GSR Ventures, que desembarca no Brasil com o investimento na Klavi. Ele tem US$ 3 bilhões sob gestão e conta no seu portfólio com participação no aplicativo de mobilidade chinês Didi.

Segundo Chan, os recursos serão utilizados para expandir as equipes de dados, tecnologia e produtos. Atualmente, a Klavi conta com 30 funcionários e a expectativa é de que esse número fique entre 60 e 70 colaboradores até o fim deste ano.

O aumento do contingente permitirá à Klavi desenvolver novos produtos, como mecanismos para permitir à companhia atuar na área de pagamentos, um score de crédito para as instituições avaliarem se concedem crédito ou outro serviço a um potencial cliente e um painel para facilitar a visualização de dados e inteligência gerados pelo principal produto de empresa, a plataforma K360…. leia mais em NeoFeed 11/08/2022