Matéria publicada nesta segunda-feira (29) no The Wall Street Journal, conta que as farmacêuticas da Índia saíram às compras no ano passado para conquistar uma fatia maior do mercado de medicamentos genéricos dos Estados Unidos.

Segundo a reportagem, a tendência é motivada pela fiscalização mais rígida que os EUA estão fazendo nas fábricas dessas empresas na Índia, muitas das quais receberam avaliações negativas no quesito segurança, e pelo desejo das empresas de desenvolver e vender produtos mais sofisticados, como analgésicos potentes, que os reguladores americanos dizem que precisam ser fabricados nos EUA.

O mercado de medicamentos genéricos dos EUA deve crescer a uma média anual de 10% e chegar a US$ 71,9 bilhões em 2018, segundo a consultoria RNCOS

Em 2015, farmacêuticas da Índia investiram um total de US$ 1,5 bilhão em aquisições de empresas americanas, segundo a firma de dados Dealogic. Desde 2010, firmas indianas compraram ou concordaram em comprar 31 farmacêuticas americanas, segundo a Dealogic. Outras companhias da Índia estão construindo novas fábricas nos EUA.

“Essas são iniciativas muito ambiciosas para ir onde o mercado está”, diz Dilip Shah, líder da Aliança Farmacêutica Indiana, um grupo do setor.

Em julho de 2015, a Lupin Pharmaceuticals Ltd., de Mumbai, fechou a compra de duas empresas de genéricos do Estado americano de Nova Jersey por um total de quase US$ 900 milhões. Os negócios vão possibilitar à Lupin produzir drogas mais rigidamente reguladas nos EUA, incluindo calmantes e narcóticos, além de produtos para tratamentos dermatológicos.

Entre os medicamentos produzidos agora pelas duas empresas de Nova Jersey, a Gavis Pharmaceuticals LLC e a Novel Laboratories Inc., estão versões genéricas do remédio para dor crônica OxyContin e da Ritalina, um estimulante usado para o tratamento do déficit de atenção com hiperatividade. Leia mais em JB 29/02/2016