Após uma série de reuniões com investidores na América do Norte e na Europa sobre os setores de saúde e educação no Brasil, o Itaú BBA avalia que, apesar de o segmento de saúde contar historicamente com investidores estrangeiros devido às perspectivas de crescimento a longo prazo, está sub-representada em comparação com a sua proeminência passada. Já o setor de educação atraiu menos interesse dos investidores.

Os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Marquezine e Felipe Amancio, a Hapvida continua sendo o centro das conversas. “Embora os investidores reconheçam a melhoria das tendências e dinâmica operacional da empresa, com a sua recuperação gradual tendo o potencial de levar a um crescimento interessante dos lucros, notamos que alguns ainda prefeririam obter mais indicações de que esta melhoria provavelmente persistirá antes de entrarem em ação”, dizem.

Já a Rede D’Or ainda é percebida como uma operação de qualidade e com uma equipe de gestão de alto nível no segmento hospitalar. Além disso, os investidores internacionais estavam ansiosos para entender as opcionalidades que poderiam advir da integração da SulAmérica e pareciam entusiasmados com a atual melhoria operacional do segmento de seguros de saúde.

Ações de saúde perdem espaço em carteiras gringas
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A Hypera, por sua vez, continua sendo uma das ações mais comentadas do setor, dada a “forte posição da empresa no promissor mercado farmacêutico no Brasil”. Apesar disso, os analistas comentam que o desempenho das ações tem sido bastante fraco e que os investidores atribuíram essa tendência às incertezas em relação ao ambiente tributário no Brasil.

O Fleury também foi um dos nomes mais comentados. “Após uma notável aceleração pós-pandemia nos volumes, o sucesso da empresa em manter as margens estáveis e capturar sinergias com a aquisição da Hermes Pardini levou a revisões positivas nas estimativas de lucros ao longo do tempo que não se refletiram no preço das ações”, avaliam os analistas, ao destacar que a opinião geral é que agora é um bom ponto de entrada.

Além disso, os analistas indicam que muitos investidores continuam a ver a Oncoclínicas como uma das melhores histórias do setor de saúde brasileiro, por ser líder em um mercado que deve continuar a crescer, dada a forte demografia do país, e tem um bom alinhamento com os planos de saúde… leia mais em Valor Investe 03/10/2023