Quatro acionistas da Stone que fazem ou já fizeram parte da gestão da companhia, entre eles o fundador Augusto Lins, aproveitaram um rali nos papéis da companhia para monetizar parte da posição. A venda, que ocorreu em período próximo à decisão de Warren Buffet de zerar suas ações na companhia, somou R$ 16,7 milhões em ações.

No fim do ano, a Stone anunciou guidance para 2027 de lucro líquido de R$ 4,3 bilhões, quase três vezes superior ao resultado estimado pelo mercado para o ano passado. A projeção fez o preço das ações subir.

Dos quatro acionistas, o único que não faz mais parte da liderança é Lins, que deixou a presidência em maio. Os outros três são o CFO, Mateus Scherer; o diretor que cuida da divisão de pequenas e médias empresas (SME), Mateus Biselli; e a diretora de estratégia, Lia Matos.

Após rali executivos da Stone se juntam a Buffett em venda de ações

A primeira venda foi feita por Lins no dia 6 de dezembro, quando a ação acumulava alta de 28% desde o fechamento do pregão anterior ao anúncio do guidance, feito no dia 15 de novembro. O fundador chegou a fazer uma segunda venda no dia 26 de dezembro, quando o papel já havia subido mais e retomado o patamar de US$ 18 em Nova York, algo que não ocorria há mais de dois anos. Trata-se de uma valorização de 40% desde o guidance. As duas vendas de Lins somaram R$ 3,4 milhões.

O CFO se desfez de R$ 3,9 milhões em ações da Stone, no dia 2 de janeiro, a uma cotação ainda próxima ao pico, a US$ 17,53. A maior venda veio três semanas depois, no dia 26, pelo diretor de SME, no valor de R$ 6,7 milhões, quando o papel rondava US$ 18,02. Mas quem conseguiu o melhor preço foi a diretora de estratégia, que vendeu um total de R$ 2,5 milhões a US$ 18,20, no dia 29.

Duas semanas depois, no dia 14 de fevereiro, a Berkshire Hathaway, de Buffett, informou que zerou sua participação na Stone no quarto trimestre de 2023, sem especificar as datas — desfazendo um alocação de 2018, no IPO da companhia.

O megainvestidor, porém, já havia reduzido antes a sua posição na Stone, a primeira vez no início de 2021. Precificada a US$ 24 no IPO, a ação atingiu uma máxima histórica de US$ 94,09 em fevereiro de 2021 2021 e a mínima de US$ 7,24 em maio de 2022.

A remuneração com ações faz parte do plano de bonificação dos executivos da Stone…. leia mais em Pipeline 28/02/2024