O Brasil registra, atualmente, a maior seca em ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) em ao menos 20 anos. A última estreia na bolsa brasileira foi da empresa de medicamentos Viveo, em agosto de 2021.

Se não há novas empresas entrando no mercado, diversas estão saindo. Uma companhia pode deixar a bolsa por uma série de motivos. Muitas têm seus registros cancelados pela CVM pela falta de envio de documentos periódicos ou outros problemas, mas algumas também realizaram ofertas públicas de aquisição de ações (OPA) para deixar de ser listadas.

Bolsa tem o menor número de empresas listadas desde junho de 2021

É o caso, por exemplo, da Cielo, que será tirada da bolsa por Bradesco e Banco do Brasil. A compra do conglomerado Alfa pelo Safra deve tirar nada menos que quatro empresas de capital aberto: Banco Alfa de Investimento, Financeira Alfa, Alfa Holdings e Consórcio Alfa.

Segundo dados operacionais divulgados nesta quarta-feira (14) pela B3, em janeiro, a Bolsa tinha 445 empresas listadas, uma queda de 0,2% no mês e de 0,7% em um ano. É o menor nível desde junho de 2021, quanto eram 439 companhias. O recorde foi registrado em dezembro daquele ano, quando a B3 tinha 463 empresas. Em relação a esse pico, o mercado acionário brasileiro perdeu 18 nomes.

Mais de 5 milhões de investidores

Se o número de empresas está encolhendo, pelo menos há um dado positivo nos destaques operacionais divulgados hoje pela B3. O número de investidores (CPFs individuais) voltou a superar os 5 milhões, depois de cair em agosto em função da mudança no programa de BDRs do Nubank. Em janeiro, houve alta mensal de 1,6%, chegando a 5,031 milhões de investidores. Na comparação anual, ainda houve baixa, de 3,7%… leia mais em Valor Econômico 14/02/2024