Dado o poder disruptivo da inteligência artificial, sociedade precisa aprender a enfrentar as externalidades negativas.

O lendário músico australiano Nick Cave recebeu de um fã uma música escrita pelo ChatGPT, teoricamente reproduzindo seu estilo. Cave reagiu contra de imediato, chamou o chatbot de “exercício de replicação como farsa”, ponderando que o processo de composição é “um negócio de sangue e coragem”. O cantor e compositor de samba de pagode Péricles, em depoimento ao “Fantástico”, confessou que o ChatGPT é assustador. O ChatGPT assusta, em parte, porque ameaça nossos atributos identitários, espécie de “reserva de mercado”.

Dora Kaufman: ChatGPT assusta porque ameaça nossa “reserva de mercado”

Antecipando o futuro vem a pergunta: o que restará para os humanos? As descobertas de Giordano Bruno no século XVI, que com seu pluralismo cósmico deslocou o planeta Terra e o ser humano do centro do universo, de Charles Darwin no século XIX, de que todos os seres vivos descendem de um ancestral comum, e a inteligência artificial no século XXI, com máquinas desempenhando tarefas antes exclusivas dos humanos, são revelações científicas que, em algum sentido, questionam a supremacia humana… leia mais em Valor Econômico 10/02/2023