Tornar-se uma facilitadora da transformação digital no campo. Esta é a meta da Crop Science, divisão agrícola da Bayer que atualmente investe em cinco plataformas de inovação: melhoramento genético, biotecnologia, química, produtos biológicos e ciência de dados. Com as frentes, o foco da companhia é disponibilizar aos agricultores ferramentas e soluções que os ajudem a avançar no desenvolvimento de uma agricultura moderna – que mira em produzir o suficiente, mas usando menos recursos naturais e financeiros.

“A agricultura mundial enfrenta uma série de desafios urgentes, como a pressão crescente de pragas e doenças, a habilidade de lidar com as mudanças climáticas e a busca por novos patamares de produtividade de maneira sustentável”, explica Geraldo Berger, líder de assuntos regulatórios da Bayer para a América Latina. “É a combinação dessas cinco frentes de inovação que vai garantir que a agricultura no Brasil avance, mas de uma forma mais sustentável e regenerativa”, complementa Abdalah Novaes, líder de soluções agrícolas digitais da Bayer para a América Latina.

Globalmente, a Bayer afirma investir todos os anos cerca de 2,8 bilhões de euros em P&D para o desenvolvimento de soluções, como produtos para proteção de cultivos, sementes, novos modelos de negócio e ferramentas digitais. No Brasil, são 28 centros de P&D com um trabalho voltado para a criação de novas tecnologias que impactam a agricultura.

ChatGPT do agro: Bayer aposta em IA e ciência de dados
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Climate FieldView

Dentro dessas novas tecnologias, Novaes destaca a plataforma de agricultura digital Climate FieldView. Lançada em 2017, a ferramenta é um exemplo de solução desenvolvida pela Bayer para mudar a forma como os produtores gerenciam suas propriedades, passando a usar a ciência de dados na logística diária.

Com mais de 25 milhões de hectares mapeados em todo o país, a plataforma tem sido peça-chave para viabilizar diferentes projetos da companhia alemã. Entre os mais recentes está o Barter+ FieldView, que utiliza dados do próprio produtor para melhorar as transações feitas por barter – um modelo específico de crédito que consiste na troca de insumos pela produção, em vez de desembolso em dinheiro.

“Não adianta apenas vendermos produtos. É preciso oferecer as informações para que os produtores tomem as melhores decisões – e que essas decisões os levem a serem mais sustentáveis e rentáveis”, afirma o executivo.

O piloto foi iniciado em 2022 e estava disponível apenas para uma cartela de clientes selecionados de acordo com alguns pré-requisitos, como o tipo de cultura cultivada. Segundo a empresa, a ferramenta consegue analisar o produtor de forma personalizada e calcular o nível real de sua produtividade…. leia mais em Época Negócios 24/01/2024