Estudo divulgado nesta quinta-feira, 3, mostra que o Brasil conta, atualmente, com 808 startups do setor financeiro, conhecidas como fintechs. O estudo aponta ainda que elas estão divididas em 40 categorias.

As fintechs estão distribuidas da seguinte forma, segundo o levantamento:

  • gestão financeira (8,17%);
  • meios de pagamento (7,92%);
  • contabilidade e fiscal (6,93%);
  • conta digital (6,81%);
  • crypto currencies (5,82%);
  • crédito direto (4,83%);
  • investimento (4,7%);
  • cobrança e faturamento (4,08%);
  • infraestrutura para pagamentos online (3,84%);
  • banking as a service (3,71%);
  • crowdfunding em doações (2,97%);
  • finanças pessoais (2,97%);
  • serviços de análise de dados (2,48%);
  • negociação de dívidas (2,48%);
  • educação financeira (2,10%);
  • empréstimo empresarial (1,98%) etc.

A maioria das fintechs (35%) foram criadas entre 2019 e 2022. Já as principais categorias de fintechs ativas fundadas de 2020 a 2023 foram conta digital (9%); gestão financeira (7%); meios de pagamento (7%); crypto currencies (6%) e crédito direto (6%).

Sobre os investimentos no setor, foram realizados 55 deals entre janeiro de 2022 e junho de 2023, que movimentaram quase R$ 10 bilhões.

As startups de crédito direto (22%) e conta digital (20%) tiveram a maior participação no montante total investido no período.

O estudo traz também as regiões com maior distribuição de startups ativas. No primeiro lugar do ranking está São Paulo (57%), seguido de Minas Gerais (8%), Santa Catarina (7%), Paraná (7%), Rio de Janeiro (6%), Rio Grande do Sul (4%), Distrito Federal (2%), Espírito Santo (2%), Pernambuco (2%) e Ceará (1%).

Outro dado se refere à análise da maturidade das startups mapeadas, onde 48% são emergentes, 17% estão estáveis, 15% são nascentes e 20% delas disruptivas. Com relação às tecnologias mais aplicadas, destacam-se API (30%), Data Analytics (27%), Dashboard (14%), Relatórios Automatizados (10%) e Marketplace (10%). Já referente ao público-alvo, o estudo mostra que 58% das startups têm como foco o mercado B2B.

“Os últimos meses foram desafiadores para o setor de tecnologia e inovação como um todo, e as fintechs também acabaram sendo impactadas: vimos startups como a Méliuz, Quanto, PagSeguro e Neon realizando demissões e anunciando reestruturação dos negócios. O estudo mostra os reflexos desse cenário nos investimentos, que estão menores esse ano em comparação com 2022. Porém, apesar das dificuldades, a grande quantidade de categorias e volume de startups em cada uma mostra que o setor financeiro ainda tem muito a crescer, porque o mercado pode melhorar muito a experiência de consumo de serviços financeiros”, analisa Guilherme Massa, cofundador da Liga Ventures.

Para realizar o estudo foram utilizados dados do mapa de fintechs da ferramenta Startup Scanner, plataforma criada pela Liga Ventures que identifica e acompanha dados de startups do Brasil e América Latina para que grandes empresas, pesquisadores e empreendedores possam entender as movimentações do mercado e encontrar oportunidades de negócios sinérgicos à sua atuação… saiba mais em tiinside 03/08/2023