O Cubo Itaú, hub de startups do banco, terá um braço voltado para a cadeia de construção e da habitação, uma parceria com grandes empresas do segmento como Dexco, EZTec, Gerdau, MPD Engenharia e Saint-Gobain.

A iniciativa, batizada de Cubo Construliving, tem por meta quadruplicar o número de startups com soluções voltadas para o segmento dentro do Cubo já no primeiro ano de atuação.

O foco são os segmentos de projeto, viabilidade, construção, aquisição e habitação.

Startups interessadas podem se inscrever para fazer parte do hub por meio do site do Cubo e serão avaliadas com base em cinco critérios: tração de mercado, com pelo menos R$ 1 milhão de receita no ano; tecnologia própria; qualidade do empreendedor; encaixe com o Cubo e estágio de maturidade.

Segundo o Mapa das Construtechs e Proptechs 2022, produzido pela Terracotta Ventures, houve um aumento de 282% no número de startups do setor nos últimos seis anos.

No ano passado, cerca de 955 startups da área trabalharam em projetos, construção, aquisição e propriedades em uso no Brasil.

“Entendemos que os setores de construção civil e habitação ainda possuem desafios grandes de integração dos players da cadeia e transformação digital. O Cubo Construliving é a plataforma ideal para que possam atuar em conjunto, com projetos que impactam não só o setor, mas o ecossistema de inovação e sociedade como um todo”, declara Paulo Costa, CEO do Cubo Itaú.

O Itaú irá realizar a aproximação entre startups, empresas do setor e parceiros do Cubo Construliving para mapear novos negócios. Até dezembro, a expectativa é se relacionar com mais de 90 startups e iniciar duas provas de conceito (PoCs).

Já o Itaú BBA irá buscar dados e soluções que permitam desenvolver novos produtos e melhorar a experiência dos clientes.

ATUAÇÃO

Dentro do hub, a Dexco, empresa de painéis de madeira, louças e revestimentos, espera participar da transformação do setor de materiais de construção, decoração e reforma.

Para isso, a empresa pretende mapear startups aderentes às suas duas frentes de Inovação Aberta: a Open Dexco, programa com startups para solucionar problemas de ineficiência, e o DX Ventures, corporate venture capital para investimento em startups.

“O Hub será um aliado na identificação de tendências de consumo, ferramentas e novos processos”, diz Daniel Franco, diretor de TI, Desenvolvimento de Negócios, Inovação e Growth da Dexco.

Já a EZTec, construtora de empreendimentos comerciais e residenciais, busca novas oportunidades de negócio e parcerias que contribuam para potencializar o Inova EZ, um dos principais vetores de transformação digital da empresa.

Conforme Flávio Ernesto Zarzur, VP executivo da empresa, o objetivo dentro do hub é consolidar novas parcerias e aumentar o portfólio de mais de 30 startups que já estão conectadas ao negócio.

A Gerdau, produtora de aço, espera aumentar sua conexão com as construtechs brasileiras e explorar oportunidades de negócios que contribuam para o desenvolvimento da indústria da construção.

Para a MPD Engenharia, uma das 10 maiores construtoras do Brasil, o hub servirá para conectar construtechs e proptechs e ampliar o número PoCs com startups que tragam soluções para aumento da eficiência operacional dentro dos canteiros de obras e backoffice.

Já para o Saint-Gobain, líder em construção sustentável, o Cubo Construliving serve como uma força para movimentar o setor.

“A união das empresas do segmento permitirá a mobilização da cadeia para enfrentar desafios de industrialização e digitalização, em conjunto com o amadurecimento do ecossistema de startups, trazendo soluções inovadoras para dinamizar positivamente a evolução de toda a cadeia de valor”, diz Javier Gimeno, VP Sênior e CEO da América Latina da Saint-Gobain.

Inaugurado em 2015 pelo Itaú Unibanco em parceria com a Redpoint eventures, o Cubo Itaú tem mais de 300 startups de 20 segmentos no seu portfólio.

Entre os mantenedores, estão Dasa, VLI, Corteva, São Martinho, Itaú BBA, CNH Industrial, ConectCar, iCarros, Bike Itaú, vec Itaú, Wilson Sons, Saint-Gobain, TIM, Stellantis, NTT Data Brasil, Wayra Brasil e BID Lab.

No ano passado, as startups do Cubo faturaram R$ 9,7 bilhões, registrando um aumento de 120% em relação a 2021.

Para este ano, a meta é que haja um aumento de 113%, registrando um faturamento médio por startup de R$ 3,1 milhões para R$ 6,6 milhões… leia mais em Baguete 29/03/2023