Movimentos de fusões e aquisições (M&A) devem ser retomados na área de diagnóstico com a volta à cena de duas das maiores empresas do setor, Dasa e Fleury. A opinião é do sócio da Fortezza Partners, Harold Takahashi. A Dasa vai tomar R$ 1,5 bilhão no mercado para ajeitar seu passivo e, mais capitalizada, deve voltar a mirar um crescimento não orgânico.

O Fleury obteve aprovação do Conselho de Administração Econômica (Cade), para a aquisição feita em julho do ano passado do Grupo Hermes Pardini, libertando-se de uma espera que vinha limitando a companhia de novas operações. Para Takahashi, ambas as notícias mostram que os dois maiores consolidadores do mercado de diagnósticos estão voltando ao mercado.

Maiores redes têm 30% do mercado

O segmento é muito fragmentado e são poucas as empresas com receitas anuais acima de R$ 100 milhões. Dasa, Fleury e Alliar, as maiores, respondem por 30% do mercado de diagnóstico, o que dá uma dimensão do potencial de consolidação nesse setor, segundo o especialista.

Cenário desafiador gera oportunidades

O momento também é visto como oportuno porque o valor de mercado das empresas caiu. Laboratórios menores que há dois anos resistiam à venda agora começam a entende que esta pode ser uma solução para garantir força num ambiente de juro elevado e que pesa sobre empresas de menor porte.

Takahashi lembra que Dasa desacelerou as aquisições há cerca de dois anos e, embora ainda esteja reequilibrando sua operação, a expectativa é de que um próximo passo seja a volta as aquisições… saiba mais em Estadão 07/04/2023