Nos primeiros seis meses do ano, as operações de fusões e aquisições (M&A) caiu 23% no mercado latino-americano, segundo dados da TTR em parceria com a Aon.

Ao todo, foram 1.447 transações, entre anunciadas e fechadas, no período. Essas operações somam um valor total agregado de US$ 35,671 bilhões, o que representa uma queda de 30%.

Apesar da redução, o Brasil lidera entre as operações de M&A na região, ultrapassando o Chile e o México. Foram 868 operações no primeiro semestre, o que representa uma queda de 34% em relação ao mesmo período de 2022. Em termos de capital mobilizado, foram US$ 18,135 bilhões – 44% a menos de um ano para o outro……

Segundo Felipe Junqueira, head of M&A and transaction solutions para a América Latina na Aon, o mercado e os investidores podem começar a se preparar, porque já é possível observar uma clara recuperação no mercado transacional.

“A retomada do interesse chinês em grandes transações na América Latina, aliada ao nível de ‘Dry Powder’ da maioria dos investidores de private equity, além da existência de teses de investimento consistentes em mercados específicos e relativamente novos, tendem a impulsionar as transações no segundo semestre”, afirma.

Um outro estudo da Aon, desta vez com a Mergermarket, identificou que 46% executivos de equipes de desenvolvimento corporativo e M&A, além de empresas de capital de risco e bancos de investimento, acreditam que a quantidade de negócios a nível global aumentará um pouco ou significativamente nos próximos 12 meses.

No entanto, Junqueira lembra que esse sentimento de otimismo não significa que será um final de ano tranquilo para o setor.

Entre os fatores de risco estão questões climáticas, fiscais e cibernéticos, além de incertezas geopolíticas. Tudo isso traria uma maior volatilidade para as estratégias de fusões e aquisições… leia mais em moneytimes. 03/09/2023