As marcas próprias não são uma novidade no varejo farmacêutico brasileiro. Há mais de 30 anos no mercado, elas oferecem a possibilidade de venda de uma infinidade de produtos com maior controle de margens, já que os preços dos medicamentos são controlados no Brasil e reajustados anualmente pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), órgão ligado à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Em 2023, o reajuste foi de 5,6%, bem abaixo dos aumentos de dois dígitos vistos em anos anteriores (10,89% em 2022 e 10,08% em 2021).

Nas representantes do setor na B3, houve crescimento da procura por produtos de marcas próprias em 2022, na comparação com o ano anterior, e elas redobram as apostas no modelo para 2023 — preveem investimentos, lançamentos de novos produtos e o uso estratégico dos rótulos para conquistar novos clientes.

É o caso da Pague Menos (PGMN3), que observou crescimento de 27,1% na receita de marcas próprias no quarto trimestre de 2022, na comparação com o mesmo período de 2021, para R$ 164,6 milhões. A participação na venda total do grupo foi recorde, de 7,1%. No ano, foram R$ 594,2 milhões em vendas de marcas próprias, o que configura um crescimento de 19,1% em relação a 2021.

Com "chaves na mão" Pague Menos

“O bom desempenho de crescimento ocorre a despeito da queda de demanda por itens relacionados à Covid-19 [máscaras, álcool gel etc.], onde nossas marcas próprias tiveram grande relevância nos momentos mais agudos da pandemia”, afirma Rafael Rossatto, diretor Comercial Não Med e Marcas Próprias da rede, ao InfoMoney. A Pague Menos lançou sua primeira marca própria em 2001 — hoje são mais de 1.300 produtos, incluindo 150 que vieram da aquisição da Extrafarma, concluída em 2022… saiba mais em InfoMoney 16/04/2023