União entre as petroleiras independentes Petroreconcavo e 3R Petroleum é bem-vista pelo mercado; há arestas na precificação das empresas e diferenças na visão de negócio.

Bem-vista pelo mercado, a possível fusão entre as petroleiras independentes Petroreconcavo e 3R Petroleum na produção em terra faria surgir a terceira maior operadora de petróleo do País, com produção de mais de 80 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) já em 2024, só atrás de Petrobras e da Prio em operação própria.

Os rumores, que ganharam materialidade nas últimas duas semanas, fizeram as ações da 3R subir 10% no último mês até esta quarta-feira, 7. Já o papel da Petroreconcavo se valorizou 7,8% no período.

Redução de gastos com pessoal e infraestrutura, além de balanço comum mais equilibrado, com espaço para novas consolidações, são os argumentos que animam as partes nos bastidores. Mas haveria, também, arestas a serem aparadas na mesa de negociação, que deve ser estabelecida caso a 3R acolha a proposta de sociedade de iguais da Maha Energy, que hoje tem 5% de participação na 3R por meio de derivativos e 15% da subsidiária 3R Offshore, empresa que permaneceria independente.

Fusão pode criar terceira maior operadora de petróleo do País,

Em carta recebida pela 3R ainda em 18 de janeiro, a Maha propõe uma fusão de iguais do onshore da 3R com a Petroreconcavo. A dívida relacionada à operação onshore da 3R (US$ 1,7 bilhão) se somaria ao baixo endividamento da atual concorrente (US$ 187 milhões), o que levaria a uma alavancagem de 1,4 vez o Ebitda composto, estimado em US$ 1,1 bilhão para a nova empresa em 2024.

A aresta mais óbvia a ser superada passa pela precificação das duas empresas, já que hoje a Petroreconcavo tem valor patrimonial superior ao da 3R em sua operação onshore. Outra diz respeito a diferenças na visão de negócio delas…. Leia mais em .terra. 07/02/2024