Os grandes M&A’s voltaram. Mas o melhor ainda está por vir – A segunda metade deste ano mostra um novo perfil para o ambiente de fusões e aquisições de empresas (“M&A”) no Brasil. Se, no início do ano, os negócios eram pautados pela busca por desalavancagem, agora transações ganham caráter estratégico, com cifras mais altas e maior participação dos estrangeiros. Reflexo disso está na agenda lotada de assessorias financeiras e consultorias que trabalham com M&As, que projetam um volume ainda maior para o início de 2024. O principal motivo para a visão postiva, reforçam os especialistas, é que os compradores estratégicos voltaram ao jogo, em especial os estrangeiros. O investidor internacional não compra somente porque uma empresa está barata, isso é uma lógica do distressed. O estrangeiro vai comprar se ele vir uma oportunidade boa dentro de um contexto macroeconômico favorável. Os M&As não param nem na bonança e nem na crise, mas o timing foi maior e o perfil era diferente. Foram deals com pouco pagamento à vista e muita estruturação, como o uso de earn out. Não foram super transações, mas foram criativas. Até prejuízo fiscal virou fator de upside nessas avaliações.”

Viposa e Vancouros se unem e criam empresa de R$ 3,1 bi – Após cinco anos de negociações e seis joint ventures, as indústrias brasileiras de couros Viposa e Vancouros decidiram unir as duas operações e criar a Viva S/A, empresa que nascerá com faturamento de R$ 3,1 bilhões. O pedido de fusão acaba de ser protocolado no Cade. Atualmente, as duas empresas fornecem couros às indústrias automobilística, de mobiliário e moda. “As estradas das nossas empresas eram paralelas e se cruzaram no ano de 2001 quando nós montamos uma planta em Sinop, no Mato Grosso”, disse o diretor-presidente da Vancouros, Edson Vanzella Pereira de Souza. A primeira parceria, afirmou, foi uma saída para evitar uma concorrência predatória entre as duas empresas, ambas com interesse na região.

Foodology: startup colombiana recebe aporte de US$ 17 milhões e lança casa de hambúrgueres – A Foodology, startup colombiana que cria e opera marcas de restaurante apenas para o delivery, lança agora no Brasil a casa de hambúrgueres Nobru Burger, desenvolvida em parceria com o influenciador digital e profissional de Free Fire Nobru. A novidade vem menos de um mês após um aporte de US$ 17 milhões em rodada cujo capital será direcionado para alcançar a liderança em seu mercado no Brasil. Fundada em 2019 na Colômbia por Daniela Izquierdo e Juan Guillermo Azuero, a Foodology opera 90 cloud kitchens no seu país de origem, no México, no Peru e no Brasil. Hoje, são 13 cozinhas em São Paulo e Curitiba, produzindo para marcas como Marmí, de refeições rápidas, Mizuki e Sush1, de comida japonesa, Avocalia, de saladas, e Brunch & Munch, de cafés da manhã. Atualmente, a Foodology entrega no Brasil cerca de 100 mil refeições ao mês. A empresa planeja, nos próximos 12 meses, abrir mais 20 cloud kitchens em São Paulo, expandir a operação para outras cidades e investir em novas marcas, seja por meio de aquisição ou criação do zero – como é o caso da Nobru Burger.