Há um cenário otimista para as fusões e aquisições no mercado brasileiro este ano. Para os negócios, uma boa notícia, pois indica que o cenário econômico é visto como menos volátil e mais seguro, inclusive em função da redução da Selic, taxa básica de juros da economia. Mas e para os consumidores? Geralmente, não, pois com mais concentração de mercado, as grandes companhias têm mais facilidade para impor preços, e há menos opções de produtos e serviços.

A concorrência entre várias empresas que produzam produtos semelhantes é bem melhor do que se todos os itens tiverem a mesma marca e fabricante. Isso também vale para o comércio.

O Brasil tem várias áreas oligopolizadas: bancária; de bebidas; de aviação civil; de telecomunicações; de combustíveis; de carne bovina, suína e de frango; de locação de veículos, dentre outras. Segundo estudo da CB Insights, 11 empresas têm marcas que respondem pela maioria dos produtos à venda nos supermercados. Mesmo para quem não entenda tanto de economia, é óbvio que essa concentração aumenta o poder destas corporações no mercado. Elas determinam preços e até padrões de consumo das famílias. Então, ao fazer as compras da semana, temos a impressão de que ‘escolhemos’ livremente os itens do carrinho do supermercado, mas não foi bem assim.

Fusões e aquisições podem prejudicar o consumidor

As fusões e aquisições (cuja sigla, em inglês, é M&A) são uma tendência fortíssima, especialmente em áreas como a saúde. Atualmente, há uma constante redução do número de operadoras de planos de saúde, e concentração empresarial em segmentos como hospitais e medicina diagnóstica.

Por que há tantas fusões e aquisições? Com esses movimentos, os grupos empresariais objetivam .. leia mais em Estadão 05/02/2024