Os fundos de private equity, que são aqueles que compram participações em empresas, deverão encerrar 2023 com a marca de pior ano para a venda de ativos de seus portfólios em mais de uma década de atuação na região, reflexo direto da volatilidade e juros altos que travaram a janela para abertura de capital na bolsa brasileira.

A dificuldade, no entanto, não é restrita ao Brasil e o mesmo fenômeno também vem sendo observado em outras regiões do globo. Nos Estados Unidos, que abriga a indústria mais madura do mundo, por exemplo, muitos fundos também enfrentam maior dificuldade de encontrar uma porta de saída a valores atrativos para as empresas investidas.

Gestoras têm desafio para saída em seca de IPO
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Os números comprovam o retrato da maior dificuldade de se vender empresas da carteira em 2023 por esses fundos. Dados da Associação Latino-Americana de Private Equity, a Lavca, obtidos pelo Valor, apontam que de janeiro a setembro o volume financeiro das saídas desses fundos na região renderam US$ 1,78 bilhão, um recuo de 78% em relação a igual período do ano passado (US$ 8,337 bilhões)leia mais em Valor Econômico 22/11/2023