Valuation atrativo, mas com outras opções nos mercados emergentes chamando a atenção, como China e México. Com esse cenário, o Itaú BBA revisou as suas projeções para o Ibovespa em 2023, projetando o índice a 118 mil pontos, um patamar apenas 3,35% acima do fechamento da última quinta-feira (26) e 7,5% superior ao fechamento do ano passado. A projeção anterior era de 110 mil pontos ao fim de 2022 (o benchmark da Bolsa encerrou o ano passado a 109.734 pontos).

As perspectivas para as ações domésticas neste ano parecem desafiadora dadas as altas taxas de juros e as incertezas fiscais, mas os estrategistas do BBA acreditam que há possibilidade de maior ânimo para o mercado acionário caso o novo governo anuncie medidas confiáveis ​​para reduzir o déficit fiscal e manter sob controle a relação dívida bruta/PIB.

Segundo o BBA, investidores seguirão monitorando de perto a política fiscal do novo governo, dadas as implicações para as taxas de juros, inflação e câmbio.

Nesse contexto, analistas apontam que o fluxo de notícias do cenário microeconômico não está ajudando a animar os investidores. Entre elas estão: possíveis mudanças nas leis que regem as estatais e na Lei de Saneamento, notícias sobre possível reversão da privatização da Eletrobras (ELET3;ELET6), o que os analistas consideram muito improvável, além do debate sobre o papel dos bancos públicos no mercado de crédito e possíveis mudanças na política de preços de combustíveis da Petrobras (PETR3;PETR4), entre outros.

Projeções para o ano

O que esperar para o Ibovespa em 2023? Confira as projeções de analistas para o índice no ano

Projeções mais pessimistas são de Ibovespa abaixo dos 110 mil e mais otimistas são de acima dos 130 mil; juros e fluxo estrangeiro no radar

Do lado positivo, o BBA considera que uma reforma tributária mais ampla, que aumente a produtividade, assim como uma nova política ambiental, podem ser avanços importantes, de forma a atrair mais investimento estrangeiro nos próximos anos.

O banco lembra que, desde novembro, vem aumentando a participação em ações de commodities e reduzindo participação em empresas mais afetadas pela alta dos juros, dada a visão mais negativa para a dinâmica da Selic (com juros altos por mais tempo) e mais construtiva com a China. … Leia mais em infomoney 27/01/2023