Realizar uma oferta pública de ações (IPO) significa acessar inúmeros benefícios, financiar planejamento estratégico, endereçar questões societárias e melhorar padrões de governança. Além disso, ao fazer o IPO, a empresa obtém recursos para crescer de forma mais acelerada e sustentável. Pensando nisso, KPMG e TGA anunciam o lançamento da publicação “O futebol brasileiro rumo ao IPO”, específica para clubes de futebol atuarem no mercado de capitais. O conteúdo apresenta exemplos de 22 clubes com capital aberto no mundo, aborda em detalhes as principais referências internacionais, a progressão histórica da legislação no Brasil, estratégias para captar recursos, e aspectos técnicos para a oferta pública inicial de ações dos times brasileiros que decidirem aproveitar o embalo da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), tipo específico de empresa instituído pela Lei no 14.193, de 6 de agosto de 2021.

O material traz ainda um guia técnico que explica quem pode fazer IPO, quais são os principais requerimentos, aspectos de governança corporativa, segmentos de listagem da B3, como as empresas podem fazer sua oferta de valores mobiliários, e os ritos de registro. Além disso, são discutidos: Resolução CVM 160 para IPO de clubes de futebol, players envolvidos, planejamento para um IPO de sucesso, aspectos de marketing, precificação das ações, obrigações das companhias abertas, cuidados com a comunicação, e relacionamento com investidores.“Os clubes podem vender somente uma fração do negócio, sem perder o controle da gestão. Nosso manual apresenta orientações completas para esta jornada, desde o arcabouço jurídico esportivo no Brasil, passando pelos casos de clubes de futebol ao redor do mundo, até a estratégia, estrutura de governança e os aspectos regulatórios. Apresentamos também análise do comportamento das ações, resultados dentro e fora de campo e, também, o quadro de acionistas de cada um dos clubes analisados. O futebol no Brasil está passando por uma profunda transformação nos últimos anos, gerando um número incrível de oportunidades para os clubes. Teremos muitos avanços no futuro próximo. Este tema é um deles”, afirma Francisco Clemente, sócio-líder de Mídia e Esportes da KPMG no Brasil.

É importante ressaltar que o IPO é uma das várias opções que o mercado de capitais apresenta. Há exemplos de clubes fora do Brasil, alguns deles em Portugal, que realizaram seus IPOs no passado e hoje se utilizam dos instrumentos de captação de dívida disponíveis no mercado, a custos mais competitivos do que no sistema bancário.

“Em 2005, o Colo-Colo, do Chile, tornou-se o primeiro time de futebol da América do Sul a abrir capital, levantando 31,7 milhões de dólares com a oferta inicial de parte das suas ações na Bolsa de Santiago. Sete anos depois, o Manchester United-ING foi além, ao se transformar no primeiro clube a negociar suas ações no exterior. Seu IPO na Bolsa de Nova York levantou 230 milhões de dólares por uma fração dos papéis. Hoje, o controle da empresa está em negociação por mais de 6 bilhões de dólares. No Brasil, o potencial é enorme. Torcedores podem se converter em investidores. Cada um dos clubes da Série A tem faturamento superior a pelo menos 100 empresas listadas na B3, que tem mais de 6 milhões de pessoas físicas num mercado de quase R$ 3 trilhões de recursos de investidores em bolsa, e mais de R$ 7 trilhões de recursos de fundos de investimentos no Brasil”, complementa Pedro Trengrouse, sócio sênior da Trengrouse & Gonçalves Advogados.

Com informações da. Viveiros 24/07/2023