Depois de duas tentativas de IPO nos últimos anos, a companhia de saneamento Iguá se prepara para uma nova empreitada rumo ao Novo Mercado no quarto trimestre deste ano, apurou o Pipeline. A companhia tem conversas avançadas com BTG Pactual, Bradesco BBI e Morgan Stanley para serem os bancos principais na coordenação da oferta. O prazo estimado – que depende das condições de mercado, as usual – está relacionado a uma obrigação da companhia e a uma potencial oportunidade.

A Iguá já é listada no Bovespa Mais, com um compromisso com a B3 de fazer a migração para o Novo Mercado num IPO. Esse prazo acordado de listagem ia até este mês de março, mas a companhia e B3 chegaram num acordo para extensão do prazo até o fim do ano. Além disso, há no acordo de acionistas, assinado entre a empresa, o BNDESPar, as canadenses Aimco e CPPIB e a gestora brasileira IG4, a previsão de ‘melhores esforços’ para o IPO – uma condição estabelecida lá atrás pelo banco de fomento, que tem 10% da companhia, para assegurar sua eventual liquidez na posição.

O IPO da Iguá: uma obrigação e uma oportunidade

A Iguá que vai partir para o IPO desta vez é diferente daquele Iguá que testou o mercado outras duas vezes. O CPPIB passou a compor os acionistas, a empresa ganhou a concessão do bloco 2 da Cedae, no Rio, vendeu 11 concessões de menor porte para focar nas operações maiores e está perto de um Ebitda de R$ 1 bilhão.

Executivos com conhecimento do assunto consideram que a privatização da Sabesp, que deve ocorrer entre junho e agosto deste ano, tende a beneficiar o setor – ao invés de gerar competição pelo bolso dos investidores, há uma percepção que a operação da empresa paulista, hoje de controle estatal, pode ajudar a atrair fundos internacionais e nacionais de perfil de longo prazo para o saneamento em geral, além de gerar um novo referencial de múltiplos…. leia mais em Pipeline 06/03/2024