As ações da Oi (OIBR3;OIBR4) reagiram positivamente na última segunda-feira (22) ao segundo plano de recuperação judicial da companhia, apresentado no último sábado (20). Os papéis amenizaram os ganhos de até 11,21% registrados no intraday, mas ainda assim fecharam com alta de 3,73%, a R$ 1,11 (vale destacar o baixo valor de face do ativo, que leva com que variações de centavos virem expressivas variações percentuais).

Contudo, caso a empresa consiga vender os ativos que pretende para honrar a dívida com seus credores, seu futuro será ainda mais incerto, alertam os analistas. A Oi tem pelo menos R$ 44,3 bilhões em dívidas e, para pagá-las, pretende se desfazer de negócios que estavam no centro da nova estratégia da companhia, após a venda dos ativos de telefonia móvel para Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Claro.

Oi (OIBR3): Ao se desfazer de negócios estratégicos empresa corre o risco de se igualar a operadoras regionais

“Na primeira recuperação judicial, a Oi estava super inchada, com telefonia móvel, fixa, serviços de dados. Vários ativos não faziam sentido para o novo core business e foram vendidos sem impactar a nova estratégia da companhia”, lembra Fabiano Vaz, sócio e analista de ações da Nord Research. A situação agora é diferente por envolver ativos-chave para a própria existência da chamada “nova Oi”.

Um deles é a V.tal, rede neutra de fibra óptica da qual a Oi detém, hoje, uma fatia de pouco mais de 34%. No plano de recuperação judicial, a companhia prevê a venda de 14,6% dessa participação remanescente por R$ 14,4 bilhões em 2026 e 2027. Em junho do ano passado, a empresa já havia vendido uma parte de sua participação na V.tal para pagar dívidas e fundos geridos pelo BTG Pactual passaram a ter o controle do ativo… leia mais em InfoMoney 23/05/2023