Após um período tumultuado para as criptomoedas, os ativos digitais e a indústria de tecnologia como um todo, os investidores se tornaram mais cautelosos com as ambiciosas fintechs, e os reguladores começaram a cercar a atividade. O futuro do setor no curto prazo já não é mais tão brilhante quanto parecia ser um ano atrás.

Qual o futuro das fintechs?

Após a implosão da FTX e de outras plataformas de criptomoedas em 2022, o setor de fintechs vem despertando mais desconfiança do público e atraindo regulação mais rigorosa. Com uma estimativa de 1,4 bilhão de pessoas sem conta bancária e com a maioria dos cidadãos de economias desenvolvidas dependendo de sistemas de pagamentos do século 20, ninguém duvida que os serviços financeiros estejam prontos para inovações tecnológicas. Mas após um período de exuberância irracional, muita especulação e caos no mercado, o futuro próximo das fintechs vem se tornando mais incerto. Com esse cenário, pedimos a alguns especialistas que respondessem à seguinte pergunta: o aperto das condições econômicas, os grandes escândalos e uma supervisão regulatória mais estreita em países-chave vão dificultar significativamente o progresso das fintechs nos próximos anos. Concorda ou discorda?

O que estamos vendo agora se parece com o estouro da bolha das pontocom. O cenário das fintechs se tornará mais saudável após anos de supervalorização e regulação fraca, o que permitiu o surgimento de empreendimentos não confiáveis, como Wirecard e FTX. Ainda assim, seria tolice ignorar o papel crucial que a tecnologia desempenhará no futuro das finanças. Os projetos mais inovadores das fintechs continuarão a atrair investimentos, mas terão de demonstrar sua robustez e resiliência, tanto quanto sua viabilidade no mercado.

Nesse contexto, os agentes bancários e financeiros tradicionais terão a oportunidade de recuperar o atraso investindo nos domínios certos. As fintechs ganharam terreno nos últimos anos oferecendo serviços centrados no cliente e melhorando a eficiência operacional. Com uma grande base de clientes e experiência em gestão de riscos, os grandes intervenientes têm o que precisam para impulsionar o modelo bancário como serviço, desde que abracem plenamente a digitalização…. Leia mais em epocanegocios.globo 24/09/2023