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Operação menos conhecida da Telefónica Vivo no Brasil, a área de venture capital da companhia tem crescido com uma estratégia híbrida: investir não só em empresas que desenvolvam produtos que possam ser usados pela operadora, mas que também possam ser desinvestidas e trazerem lucro à sua controladora.

Na ponta das soluções para o core business da companhia, o Vivo Money (linha de empréstimo pessoal da empresa) e o Vivo Pay (serviço de conta digital da telecom) foram desenvolvidos com a solução open finance da Klavi, fintech que recebeu um aporte de R$ 15,5 milhões da empresa em agosto de 2022. Também está entre as investidas a Klubi, fintech de consórcios eletrônicos que recebeu R$ 10 milhões da operadora, e a Trocafone, startup de e-commerce que compra e revende celulares usados (e que tem parceria não só com a Vivo, mas até com a TIM).

Há também o lado investidor: a Vivo conseguiu multiplicar por mais de 30 vezes o capital investido na Teravoz, que foi vendida em janeiro de 2020 para a Twilio, uma empresa de comunicação na nuvem sediada no Vale do Silício, listada na Nyse, que oferece infraestrutura para gigantes da tecnologia como Uber, Amazon e Netflix). Até hoje essa é uma das maiores “saídas” do portfólio. Outras vendas foram a Gupy, que usa inteligência artificial para recrutamento e seleção (e ainda é utilizada pela Vivo nas contratações, mesmo após a venda), além da Cinnecta (adquirida pela Matera) e da Netsupport.

Vivo investe em venture capital

“Sempre olhamos do ângulo do que a gente chama de fit first. Tem fit? Não precisa ter fit logo no primeiro momento, mas temos que vislumbrar alguma possibilidade de desenvolver algo com a startup”, afirma Gabriela Toribio, que comanda a área de corporate venture capital (CVC) da Vivo no Brasil. “Não é só para fazer solução interna de jeito nenhum, porque nós queremos inclusive que empresa que cresça. Nós investimos nas empresas em troca de participação, então nós também ganhamos dinheiro quando as empresas se valorizam e vendemos nossa participação”.

A Vivo investe nessas empresas de inovação por meio da Wayra Brasil e do Vivo Ventures. A Wayra já aportou cerca de R$ 30 milhões em 84 startups desde a sua criação no Brasil , em 2012, e tem atualmente 27 empresas investidas (das quais cerca de metade tem contrato com a operadora). Já o Vivo Ventures é um Fundo de Investimento em Participações (FIP), criado no ano passado com um cheque de R$ 320 milhões, dos quais “apenas” R$ 70 milhões foram investidos até o momento.

“Ainda temos R$ 250 milhões para investir nos próximos dois anos”, afirma Toribio, que … leia mais em InfoMoney 05/12/2023