Os acionistas da Redecard foram convocados para uma assembleia geral extraordinária marcada para dia 29 de fevereiro, em que terão a missão de escolher a empresa responsável pela elaboração do laudo de avaliação das ações da companhia.

O documento servirá de referência para a oferta pública de ações que será realizada para fechamento de capital da credenciadora de cartões. A reunião acontecerá às 11 horas, na sede da Redecard, que fica em Barueri, em São Paulo.

A escolha será feita com base em uma lista tríplice definida pelo conselho de administração na sexta-feira, três dias após o anúncio da operação por parte do Itaú. As três instituições escolhidas foram Credit Suisse, Bank of America Merrill Lynch (BofA) e Rothschild & Sons. As duas primeiras já têm uma cobertura sistemática das ações da Redecard, sendo o preço-alvo definido pelo BofA para os próximos 12 meses de R$ 34,5 por ação, enquanto o Credit Suisse prevê um preço justo de R$ 35.

Quando a intenção de realizar a OPA foi anunciada, na semana passada, o Itaú Unibanco propôs o pagamento máximo de R$ 35 por ação, o que corresponde a um prêmio de 9,2% em relação ao pregão do dia 6, anterior ao anúncio da oferta. Conforme esclarecido pelo banco, o preço de R$ 35 não inclui o dividendo de cerca de R$ 1,10 por ação que será pago em março.

Na bolsa, a cotação da ação vem desde então buscando o preço sugerido pelo controlador, somados os proventos. O papel fechou o pregão de ontem valendo R$ 36,20.

A operação será destinada a ações ordinárias representativas de 50% do capital da Redecard. Ao preço de R$ 35 por papel, o Itaú Unibanco desembolsaria cerca de R$ 12 bilhões para concluir a oferta. No entanto, os acionistas da credenciadora de cartões devem mostrar resistência ao patamar proposto pelo controlador, como mostra reportagem de hoje do Valor. Por Ana Luísa Westphalen
Fonte:Valor14/02/2012