Indicador criado nos anos 1970 e amplamente usado para avaliar o desempenho financeiro das companhias, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) está longe de ser uma unanimidade entre especialistas como a melhor métrica para estimar valor. No caso das operadoras de telecomunicações, já há quem defenda que ele deva ser oficialmente aposentado.

O tema foi discutido em relatório recente do BTG Pactual que sugere o retorno a indicadores básicos como a relação preço/lucro da ação (P/L), o fluxo de caixa livre operacional e os dividendos pagos pelas teles.

O cálculo e o acrônimo foram criados pelo executivo americano do setor de mídia John Malone como uma forma de avaliar a capacidade de geração de caixa das empresas de telecomunicações sem levar em conta as altíssimas despesas de depreciação e amortização, que não necessariamente têm efeito imediato no caixa.

Está na hora de aposentar o Ebitda? Nas telecomunicações sim
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“Já não era muito bom analisar o setor de telecomunicações vendo múltiplos de Ebitda”, argumenta Carlos Sequeira, chefe da área de análise e pesquisa do BTG Pactual para América Latina. “A mudança para a [norma contábil internacional] IFRS 16 enfraqueceu ainda mais o indicador. Várias despesas passaram a entrar abaixo da linha do Ebitda”, acrescenta… leia mais em Valor Econômico 07/03/2024