A agência de classificação de risco Fitch elevou o rating do Brasil de ‘BB-’ para ‘BB’ e manteve a perspectiva estável. Em comunicado divulgado na manhã desta quarta-feira, a Fitch apontou que a elevação da nota de crédito brasileira reflete o desempenho macroeconômico e fiscal acima do esperado “em meio a choques sucessivos nos últimos anos, políticas proativas e reformas que apoiaram isso”. A agência, além disso, diz esperar que o novo governo trabalhe para melhora adicional do ambiente econômico.

“Apesar das tensões políticas persistentes desde o rebaixamento de 2018, o Brasil alcançou progresso em importantes reformas para enfrentar os desafios econômicos e fiscais”, defende a Fitch. De acordo com a agência, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende um afastamento da agenda econômica liberal dos governos anteriores. Apesar disso, a Fitch diz esperar que “o pragmatismo e os freios e contrapesos institucionais mais amplos evitem desvios radicais de políticas macro ou micro, enquanto o governo também está buscando iniciativas para apoiar o setor privado”.

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De acordo com a agência, a nota brasileira é sustentada pela grande e diversificada economia do país; alta renda per capita e mercados domésticos, além de um grande colchão de liquidez que sustenta a flexibilidade do financiamento soberano, com uma alta parcela da dívida em moeda local. “Os ratings também são sustentados pela capacidade de absorção de choques, sustentada por uma taxa de câmbio flexível, reservas internacionais robustas e uma posição soberana líquida de credores externos”. Já as limitações para a nota, de acordo com a agência, são a alta dívida do governo, a rigidez fiscal, o fraco potencial de crescimento econômico e pontuações de governança relativamente baixas…Leia mais em valorinveste.globo. 26/07/2023