Fundada em 2016 em Londrina (PR), a agfintech Bart Digital foi pioneira na emissão eletrônica de Cédula de Produto Rural (CPR) e ao longo dos últimos anos evoluiu sua solução para uma plataforma de crédito, originação e monitoramento de garantias agrícolas, incluindo outros títulos como Cédulas de Crédito Bancário (CCBs) e duplicatas.

Com cerca de 50 empresas como clientes — entre revendas, cooperativas, produtores rurais, tradings, indústrias e securitizadoras —, a Bart movimentou mais de R$ 3 bilhões em sua plataforma em 2020, número que saltou para R$ 7 bilhões no ano passado e deve atingir R$ 10 bilhões em 2022.

Agora, a agfintech está pavimentando o caminho para se tornar uma infraestrutura tecnológica com foco em viabilizar o financiamento agrícola. Isso significa deixar de ser um sistema em si e criar um ecossistema, fomentando a conexão entre os clientes. Por exemplo, facilitar o contato entre uma revenda e um fundo de investimento (FIDCs, em especial).

No ano passado, a startup rodou durante 40 dias um piloto dessa solução, facilitando conexões nas áreas de seguros, análise jurídica e distribuição de crédito. “Conseguimos resultados bem bacanas. Conseguimos originar R$ 170 milhões e, disso, conectamos cerca de R$ 40 milhões. Agora estamos mapeando os produtos financeiros dos nossos clientes”, conta Mariana Bonora, CEO e fundadora da Bart.

Para evoluir a plataforma e lançar novas verticais de produtos, a agfintech levantou R$ 5 milhões em uma rodada ‘bridge’ com investidores como E3 Negócios e Bossanova Investimentos (por meio dos pools de fintechs e agtechs), além de investidores-anjos de nomes não revelados. “Fizemos essa captação para trazer as linhas de produtos necessárias para uma [futura] Série A”, diz Mariana, com exclusividade ao Finsiders.

Além do recurso financeiro, Mariana diz que a captação traz um ‘smart money’ importante dada a rede de conexões e mentores da Bossanova, por meio dos pools de fintechs e agtechs.

É a segunda rodada de investimentos feita pela Bart desde o início do negócio. Em 2017, a startup recebeu R$ 2,2 milhões da SP Ventures, gestora de Venture Capital especializada em agro e food, liderada por Francisco Jardim, que tem no portfólio outras agfintechs como Agrolend, Traive e Aegro.s… leia mais em Finsiders 12/09/2022