O banco Credit Suisse é o alvo mais recente na disputa entre as famílias Gradin e Odebrecht. Desde junho, os Gradin pedem que o banco entregue uma nova avaliação de preço do grupo empresarial. A última, feita no ano passado, teria subavaliado a Odebrecht S/A, na opinião dos Gradin. Ao todo, foram quatro notificações extrajudiciais – e, a cada uma delas, o tom foi aumentando.

A briga não termina por aí. Está estabelecido, em acordo de acionistas, que uma entidade independente – mais especificamente, o Credit Suisse – deve fazer a avaliação do grupo. Mas, como os Gradin questionam o trabalho do banco no justiça, acreditam que outra instituição deveria ser acionada.

“O fato de não ter disponibilizado uma avaliação da forma prevista no contrato evidencia que há um alinhamento entre o Credit Suisse e a Odbinv (holding controladora da Odebrecht S/A)”, diz Luís André de Moura Azevedo, advogado dos Gradin.

Procurado, o Credit Suisse não se manifestou. Já Francisco Bastos, advogado dos Odebrecht, disse que “é razoável esperar por uma decisão da Justiça sobre uma nova avaliação do grupo, já que esse processo não custa menos de R$ 1 milhão”. Além disso, a função da avaliação é permitir que a Odbinv exerça o direito de compra de ações, o que já aconteceu, segundo ele.

Fonte:OEstadodeSPaulo15/08/2011