A alemã BayWa r.e., companhia global de produção, comercialização e serviços de energia com receita anual de 27 bilhões de euros, acaba de colocar os pés no Brasil. A BayWa fechou a aquisição da Ribeiro Solar, empresa familiar paranaense que fabrica gerador fotovoltaico, distribui e instala painéis solares.

“Já estávamos buscando uma companhia no mercado brasileiro há um tempo, fazendo diligências e chegamos até a Ribeiro Solar. Vemos um mercado promissor para distribuição solar residencial e comercial no país”, diz Daniel Marino, diretor de comércio solar nas Américas da BayWa r.e, ao Pipeline.

A Ribeiro Solar não estava em busca de um sócio ou comprador e foi surpreendida com a abordagem. A conversa, aliás, levou algumas semanas para acontecer porque o email de Marino ficou preso na caixa de spam, conta Liciany Ribeiro, CEO da Ribeiro Solar. “Mas eu insisti. Foram uns três ou quatro emails”, diverte-se Marino.Alemã BayWa entra no país com aquisição da Ribeiro Solar

Baseada em Munique, a centenária BayWa já instalou mais de 5 GW de energia e gerencia cerca de 10 GW de ativos e tem expandido operação nas Américas. O valor da transação no país não foi revelado, mas pode ser a porta de entrada da BayWa no país também em outros segmentos que atua no mercado internacional – Marino diz que não pode abrir o plano.

Na operação brasileira, a administração vai seguir como é hoje, sem alterações de marca ou gestão no curto prazo.

A BayWa é top 10 em 10 países e, nos EUA, top 2. A Ribeiro, como companhia familiar, não figura nesse grupo das maiores no Brasil, mas temos histórico e credibilidade com os clientes e vemos um caminho de expansão com essa transação”, diz Ribeiro. “Aqui fala-se muito em preço e se perde um pouco o foco em qualidade, essa relação com o longo prazo, que é onde atuamos. A BayWa reconheceu isso na gente.”

Ribeiro destaca que a aquisição acontece justamente quando o mercado de distribuição solar está sofrendo com as mudanças regulatórias, o que demonstra confiança na demanda de longo prazo. “Nos maiores mercados da energia solar, como EUA, China, Alemanha, e Brasil, o que tem em comum é um crescimento consistente. Ocasionalmente um desafio de política regulatória, que desacelera, mas em seguida segue crescendo”, corrobora Marino… leia mais em Pipeline 28/08/2023